segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Testei: Kit Shampoo e Bálsamo Condicionador Argan Oil - INOAR

Durante o último mês venho testando o Shampoo e o Bálsamo Condicionador ARGAN OIL, da Inoar. Infelizmente, o produto não deu certo para mim. ** (cai uma lágrima!) **




Bem, meu cabelo é um cabelo extremamente fino, que embaraça fácil, muito fácil. Tenho os fios ondulados, sem cachos, com pouco volume, e estou no meio de um processo de transição capilar, pois deixei de fazer progressiva há quase um ano e ainda tenho mais ou menos uns quatro dedos de pontas detonadas. Comprei esse kit na Ikesaki na esperança de recuperar um pouco as pontas, pois a raiz e o meio do cabelo estão super hidratados e saudáveis. Usei os produtos várias vezes, na esperança de que desse certo. Li algumas resenhas de outras meninas na internet que também têm cabelo com características semelhantes ao meu, e parece que a maioria delas teve o mesmo problema: após a aplicação do bálsamo condicionador, o cabelo ficou extremamente duro, embaraçado, pesado e áspero. Que triste! :(

O Shampoo é muito bom, já o usei com outros condicionadores e máscaras (como por exemplo o Dream Cream, da Lola e o 3 Minute Miracle, da Aussie), e meu cabelo ficou ótimo! O cheiro é delicioso e a sensação de refrescância é ímpar. Entretanto, o Bálsamo Condicionador não funcionou mesmo, não tem jeito. Fiz diversas tentativas mas não consegui um resultado satisfatório. 

Cada cabelo é um cabelo, e é uma pena que o produto não funcionou para mim. Que lástima! Li algumas resenhas de meninas que elogiaram muito o kit, dizendo que o resultado foi excelente. Cada cabelo tem mesmo suas peculiaridades, e é por isso que devemos testar os produtos para eleger aqueles que mais se adequam às nossas necessidades. Um produto que não funciona para a gente pode ser maravilhoso para outra pessoa, tudo depende das características de cada um!

Descrição do Fabricante: Kit à base de Óleo de Argan com ação regeneradora, deixa os cabelos hidratados e com brilho. Indicação: todos os tipos de cabelos.

Resultado: Infelizmente, meu cabelo ficou bem duro e tive imensas dificuldades para desembaraçá-lo, mesmo usando um creme para pentear. Senti os fios ásperos e porosos e a raiz ficou bastante oleosa.

Nota (de 0 a 10): 5.

O preço médio desse produto é R$ 60,00. O kit vem com 2 garrafas de 1 litro cada, e acredito que deva durar horrores. Não usei muito porque não deu certo, então acabei fazendo um rôlo com uma amiga e trocando com ela por outros produtinhos. 

domingo, 29 de novembro de 2015

Resenha: O PODER DO AGORA - Eckhart Tolle

Na linha da Literatura Holística, Espiritualismo e afins, O Poder do Agora é um dos livros mais comentados do momento. Escrito pelo alemão Eckhart Tolle, a obra fala sobre meditação e religiões orientais, mas com um toque de cristianismo, inclusive citando trechos do Novo Testamento da Bíblia. 




O autor fala sobre como perdemos tempo remoendo o passado ou projetando o futuro. Passamos a maior parte de nossas vidas lamentando ou revendo situações que já passaram (culpa) ou então imaginando o que irá nos acontecer em seguida (ansiedade). Infelizmente, na maior parte das vezes esperamos que coisas ruins e desagradáveis aconteçam, gerando assim o medo. O ideal seria vivermos o momento atual com toda a intensidade possível, pois aí poderíamos nos enxergar como seres inteligentes que podem escolher o que querem trazer para sua realidade e assim, deixaríamos de lado o condicionamento social que nos domina, sufoca e tolhe nosso direito de sermos autônomos, independentes e, acima de tudo, conscientes.
A meditação, prática utilizada há milênios pelos povos orientais, pode nos ajudar a focar nossa atenção no AGORA. Recentemente a ciência tem descoberto que meditar todos os dias é, de fato, uma prática bastante saudável. Pesquisas na área cognitivo-comportamental já demonstram resultados positivos em relação a isso.
Confesso que demorei para ler esse livro. Não sou de enrolar muito, geralmente leio bem rápido, mas os primeiros capítulos foram bastante morosos, acho que pelo modo como o autor se expressou. Achei que eram muitos conceitos soltos sem chegar a uma conclusão e quase desisti. Entretanto, a partir do Capítulo 8 (Relacionamentos Iluminados), a leitura deslanchou. Comecei a gostar bastante do que estava lendo e terminei rapidinho, com aquele sentimento de "Ufa! Ainda bem que não desisti!".
Para quem já leu os livros do Osho, os conceitos apresentados em O Poder do Agora não são novidade, mas para quem teve pouco contato com o assunto a leitura pode ser muito surpreendente e enriquecedora. De qualquer forma, valeu a pena ter lido. Gostei! :)


Veja a resenha em vídeo:

 


Leia alguns trechos do livro O PODER DO AGORA:



terça-feira, 24 de novembro de 2015

As crenças distorcidas no TOC e o Modelo Cognitivo

Domínios de crenças distorcidas no TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo)

A convicção, firmada ao longo do tempo, de que as crenças têm papel importante no TOC fez com que um grupo de especialistas, denominado Obsessive-Compulsive Cognitions Working Group (OCCWG), se reunisse em duas ocasiões, na década passada, para estabelecer por consenso o que seriam as crenças ou os principais grupos ou temas (domínios) de crenças disfuncionais comuns no TOC. Esses grupos ou temas são apresentados a seguir.

Responsabilidade excessiva
É a tendência a sentir-se responsável por eventos fora do próprio controle e por suas possíveis consequências. Tal sentimento leva à realização constante de rituais de verificação, de limpeza, repetições ou até mesmo rituais de caráter supersticioso. Por exemplo: "Se eu não apagar e acender a luz seis vezes, minha mãe pode adoecer, e a responsabilidade será minha" ou "Se eu não verificar o fogão, o gás pode vazar, e minha casa incendiar. E serei o único responsável". Ter excesso de responsabilidade é considerado por alguns autores como o problema central do TOC.

Avaliar o risco de forma exagerada
É a tendência de superestimar a gravidade das consequências e a probabilidade de que eventos negativos aconteçam, ocasionando rituais de limpeza, lavagens excessivas, verificações e evitações. Por exemplo: Se eu apertar as mãos ou tocar em outras pessoas, posso contrair doenças" ou "Se eu deixar o rádio ligado na tomada, ele poderá incendiar, e toda a casa pegará fogo".

Avaliar de forma exagerada a importância e o poder dos pensamentos
É a crença de que pensar é igual a agir ou cometer, ou de que pensar pode influenciar o futuro. Assim, o pensamento significa a mesma coisa que a ação. Essa crença também é chamada de fusão do pensamento e da ação. Acredita-se que origine obsessões de caráter agressivo ou sexual, obsessões e rituais de conteúdo mágico, contagens, etc. Por exemplo: "Ter pensamentos agressivos (ou obscenos) indica o risco de eu vir a cometê-los" ou "Porque eu pensei em morte, alguém da minha família vai morrer".

Preocupação excessiva em controlar os próprios pensamentos
É a crença segundo a qual é preciso exercer controle total sobre os pensamentos e conseguir afastá-los da mente. É decorrência de valorizar de forma excessiva o poder do pensamento. Por exemplo: "Irei para o inferno se eu não conseguir afastar esses pensamentos de conteúdo blasfemo".

Intolerância à incerteza
É a necessidade de ter certeza absoluta em relação ao presente e ao futuro. Isso dá margem a dificuldades de conviver com incertezas e provoca obsessões de dúvida, ruminações obsessivas, repetições, verificações e busca de reasseguramentos. Está relacionada também ao perfeccionismo, na medida em que se acredita que tendo certeza não se cometem falhas. Por exemplo: "Se eu não tiver certeza absoluta sobre algo, vou cometer erros e não serei perdoado", "Preciso ter certeza de que, na conversa com meu amigo, não falei nada impróprio".

Perfeccionismo
É a tendência a conduzir-se de acordo com padrão muito elevado de exigências e de intolerância a falhas. O perfeccionismo está relacionado a obsessões e compulsões por ordem, simetria, alinhamento; com verificações e repetições decorrentes da necessidade de fazer as coisas de forma perfeita, completa ou sem falhas. Por exemplo: "Se meu trabalho tem alguma falha, perde totalmente seu valor", "A falha sempre representa o fracasso", "A falha sempre é imperdoável, mesmo se involuntária ou não-intencional" ou, ainda, "É possível, então devo ser perfeito".

Nem sempre todas essas crenças estão presentes em todos os portadores de TOC. Uma ou mais podem predominar (perfeccionismo, excesso de responsabilidade, etc.), mas também pode ocorrer sobreposição de crenças em um mesmo paciente (excesso de responsabilidade e exagerar o risco, necessidade de ter certeza e perfeccionismo). 
(Aristides V. Cordioli - TOC - Manual de terapia cognitivo-comportamental para o transtorno obsessivo-compulsivo)


segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Resenha: Good Ol'Freda

Para os Beatlemaníacos de plantão, um filme bem legal é Good Ol'Freda (EUA, 2013), um documentário que narra a história de Freda Kelly, secretária de Brian Epstein (empresário dos Beatles) e também presidente do fã-clube oficial da banda durante a década de 60.





Veja a sinopse (retirada daqui):
1961, Inglaterra. Freda Kelly, uma jovem de 17 anos, começa a trabalhar como secretária para uma banda que acabara de surgir na cena musical britânica, The Beatles. Essa história duraria 11 anos, até seu pedido de demissão e o término da banda. A figura de Freda, que sempre se recusou a dar depoimentos e se envolver com o universo repleto de holofotes em que Paul, Ringo, George e John pertenciam, era obscura, sendo conhecida por poucos fãs. Cinquenta anos depois, ela conta pela primeira vez as histórias que viveu ao lado de uma das maiores bandas de todos os tempos.




Como fã eterna da banda, achei o filme bastante interessante. É extremamente prazeroso ouvir as histórias que cercaram os Fab Four descritas por alguém que realmente esteve lá, convivendo com eles e vivenciando toda a era da Beatlemania. Freda Kelly mostrou-se uma figura simpática e carinhosa durante as entrevistas, e realmente podemos perceber pelos seus relatos o respeito e a consideração que ela nutre até hoje pelos Beatles. O incrível é pensar que ela poderia ter ganho muito dinheiro vendendo souvenirs ou dando entrevistas ao longo de todos esses anos, porém preferiu manter sigilo sobre tudo o que sabe a respeito integrantes da banda. Um belo exemplo! :)

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Relacionamentos como prática espiritual

Quando a mente e todas as estruturas sociais, políticas e econômicas que ela criou entram no estágio final de colapso, os relacionamentos entre homens e mulheres refletem o profundo estado de crise no qual a humanidade se encontra atualmente. Como os seres humanos têm se identificado cada vez mais com a mente, a maioria dos relacionamentos não tem as raízes fincadas no Ser. Por isso, se transformam em fonte de sofrimento e passam a ser dominados por problemas e conflitos.

Nos dias de hoje, milhões de pessoas vivem sós ou criam os filhos sozinhas, por se sentirem incapazes de estabelecer um relacionamento íntimo ou por não desejarem repetir os dramas doentios de relações anteriores. Outras passam de um relacionamento para outro, de um ciclo de prazer-e-dor para outro, em busca de uma satisfação ilusória, através da união com a polaridade de energia oposta. Outras continuam a viver juntas em um relacionamento em que prevalece a negatividade, em nome dos filhos ou da segurança, pela força do hábito, por medo de ficarem sós, por algum outro acordo “vantajoso” para o casal, ou até mesmo pelo vício inconsciente da excitação provocada pelo sofrimento ou drama emocional.

Porém, toda crise representa não só perigo, mas também oportunidade. Se os relacionamentos energizam e elevam os padrões da mente egóica e ativam o sofrimento do corpo, como está acontecendo agora, por que não aceitar esse fato em vez de tentar escapar dele? Por que não cooperar com ele em vez de evitar relacionamentos ou continuar a perseguir a ilusão de uma companhia ideal, como uma resposta para os problemas ou um meio de encontrar satisfação? A oportunidade escondida dentro de cada crise não se manifesta, até que sejam conhecidos e aceitos todos os fatos, de qualquer tipo, relacionados a uma situação. Enquanto você negá-los, tentar fugir deles ou desejar que as coisas sejam diferentes, a janela da oportunidade não se abre, e você permanece preso àquela situação, que vai continuar a mesma ou vai se deteriorar mais adiante.

O conhecimento e a aceitação dos fatos trazem também um certo grau de distanciamento deles. Por exemplo, quando você sabe que existe desarmonia e retém esse “saber”, significa que surgiu um novo fator através do seu saber e que a desarmonia não poderá se manter inalterada. Quando você sabe que não está em paz, o seu saber cria um espaço de serenidade que envolve a falta de paz em um abraço terno e amoroso, e então transforma a falta de paz em paz. No que se refere à transformação interior, não há nada que você possa fazer a respeito. Você não pode transformar a si mesmo, e é claro que não pode transformar seu companheiro ou qualquer pessoa. Tudo que você pode fazer é criar um espaço para a transformação acontecer, para a graça e o amor penetrarem.

Portanto, sempre que o seu relacionamento não estiver bom, sempre que fizer aflorar a “loucura” em você e em seu parceiro, fique feliz. O que estava inconsciente está vindo à luz. É uma chance de salvação. Sustente, a cada instante, o saber de cada momento, em especial o do seu estado interior. Se houver raiva, saiba que é raiva. Se houver ciúme, defesa, um impulso para discutir, uma necessidade de ter sempre razão, uma criança interior reclamando amor e atenção, ou um sofrimento emocional de qualquer tipo, seja o que for, saiba a realidade do momento e sustente esse conhecimento. O relacionamento passa a ser o seu sadhana, a sua prática espiritual. Se você notar um comportamento inconsciente no parceiro, prenda-o no abraço amoroso do seu saber, de modo que você não tenha uma reação. A inconsciência e o conhecimento não conseguem conviver por muito tempo, mesmo que o conhecimento esteja só com uma pessoa e a outra não tenha consciência do que está fazendo. A forma de energia que existe por trás da agressão e da hostilidade acha a presença do amor absolutamente insuportável. Se você reage à inconsciência do seu parceiro, você também fica inconsciente. Mas se você ficar alerta à sua reação, nada está perdido.

A humanidade está sob uma grande pressão para se desenvolver, porque é a sua única chance de sobreviver como raça. Isso vai afetar cada aspecto da nossa vida e de nossos relacionamentos. Nunca antes os relacionamentos foram tão problemáticos e oprimidos por conflitos como hoje em dia. Você deve ter notado que eles não aparecem para nos fazer felizes ou satisfeitos. Se você continuar buscando um relacionamento como forma de salvação, vai se desiludir cada vez mais. Mas, se você aceitar que o relacionamento está aqui para tornar você consciente em lugar de feliz, então o relacionamento vai lhe oferecer a salvação e você estará se alinhando com a mais alta consciência que quer nascer neste mundo. Para os que se mantiverem apegados aos padrões antigos, haverá cada vez mais sofrimento, violência, confusão e loucura.
(Eckhart Tolle - O Poder do Agora)


terça-feira, 17 de novembro de 2015

Testei: Máscara Hidratação Intensiva Acquaflora

Durante aproximadamente 2 meses testei a máscara de Hidratação Intensiva, da Acquaflora:




Usei da seguinte maneira:
Lavei meus cabelos com um shampoo de hidratação (costumo usar o Hidratação Reparadora, da Natura, ou então o Moist, da Aussie). Depois de retirar o excesso de umidade, apliquei a máscara, massageando as mechas uma a uma, com bastante cuidado. Deixei agir por uns 20 minutos e enxaguei.





Descrição do Fabricante: Máscara de tratamento para cabelos secos ou ásperos. Nutre, hidrata e restaura profundamente a fibra capilar. Elimina o aspecto ressecado dos fios. 

Resultado: Meu cabelo ficou bem leve e soltinho, com uma hidratação média. Foi bem fácil desembaraçar os fios e o cheiro é super suave. É uma boa máscara.

Nota (de 0 a 10): 8.

O preço médio desse produto é R$ 23,00. Consegui fazer umas 10 aplicações com um pote de 250g. Gostaria também de testar o shampoo e o condicionador da linha para ver qual é o resultado.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Dica de Livro: KARDEC - A Biografia (Marcelo Souto Maior)

Para quem gosta de biografias, uma boa pedida é o livro Kardec - A Biografia, do jornalista Marcel Souto Maior. De maneira objetiva e concisa, o autor descreve a trajetória do codificador do Espiritismo, uma das filosofias religiosas mais praticadas no Brasil. A vida do professor Hippolyte Léon Denizard Rivail é contada numa narrativa gostosa, leve, agradável de se ler. 




Mesmo para aqueles que não têm religião, o estudo sobre a vida dos grandes líderes religiosos de todos os tempos é bastante proveitoso. Estudando as filosofias e as crenças inseridas num certo contexto histórico- cultural, podemos entender melhor o mundo em que vivemos. E é importante ressaltar que devemos respeitar todas as religiões, sem distinção, afinal, cada um é livre para acreditar naquilo que melhor lhe apraz!

Um trecho que achei bastante interessante foi a definição que o próprio Allan Kardec deu do Espiritismo:

O espiritismo é uma ideia que se infiltra sem ruído e, se encontra numerosos adeptos, é porque agrada. Jamais fez reclames nem quaisquer exibições; forte pelas leis naturais, nas quais se apoia, vendo-se crescer sem esforços nem abalos, não vai enfrentar ninguém, não vai violar nenhuma consciência. Diz o que é e espera que a ele venham!

Vale a pena a leitura! :)

UPDATE!!! (24/02/2016)
Veja a resenha em vídeo:

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Por que não consigo mudar meu cônjuge?

Quando iniciamos um relacionamento, duas ilusões comuns e destrutivas se instalam: a crença de que o outro poderá mudar por nossa causa, pois vamos ajudá-lo a mudar, e a convicção de que o outro permanecerá exatamente como era quando o conhecemos. Ambas são ilusões sem base na realidade. As pessoas mudam o tempo todo: ninguém escapa do processo de mudança. Ninguém, entretanto, é capaz de mudar ninguém. Mudamos somente a nós mesmos, fazemos novas escolhas, damos prioridade a outros valores, mas nunca adivinharemos o que nosso cônjuge fará. No máximo, podemos ser um exemplo para os entes queridos e incentivá-los em seus esforços de mudança. Podemos proporcionar um ambiente seguro que induza à transformação, mas nada garante que o outro mudará da maneira como queremos. 
Quem acredita ter o poder de mudar o outro são os co-dependentes e as crianças. "Se eu for bonzinho e fizer tudo direito, ele vai mudar." "Ele" só mudará se quiser. Não mudará enquanto a responsabilidade ou a necessidade de mudança for sua. As crianças e os co-dependentes não têm responsabilidade, ou seja, não exercem controle sobre o comportamento alheio e, quando tomam para si essa responsabilidade, impedem a mudança. Só temos poder para nos transformar. Querer não é poder quando queremos que o outro mude. Investir nossos esforços no processo de mudança alheio só nos fará mal, roubando nossa autoestima.
Pedir, tentar, manipular, ameaçar, mandar, suplicar e barganhar para que o outro mude - tudo isso apenas gera um ambiente desestimulante e destrutivo. Quando ficamos negativos assim, mudamos para pior. Deixamos de nos esforçar e perdemos a autoestima. Não deixa de ser irônico o fato de que o parceiro continua a fazer o que quer, mas agora se sente justificado quando nos culpa por impor tanto negativismo e um ambiente tão pesado à relação.
Não caia nessa armadilha. Mesmo - ou principalmente - que seu companheiro lhe peça para ser o agente da mudança dele, não faça isso. Os bons profissionais logo aprendem que não devem ser terapeutas da própria família. Só os amadores acreditam que podem ser os terapeutas de seus entes queridos. É impossível ser objetivo com a pessoa com quem você está envolvido, assim como é difícil aceitar coerente e incondicionalmente alguém ligado à sua vida. É difícil colocar-se na posição do especialista e manter igualdade e equilíbrio no relacionamento. Se lhe pedirem para ajudar alguém a mudar, o máximo a fazer é incentivar a procura de apoio profissional. 
Eu insisto: cuide primeiro de você. Responsabilize-se por sua vida. Faça tudo o que puder para torná-la a melhor possível. Isso parece simples, mas não é fácil. Tente mudar o que é possível, ou seja, você mesmo. Aprenda a aceitar primeiro a si próprio e depois a seu parceiro. Se não conseguir aceitá-lo de forma nenhuma ou se ele não estiver disposto a se esforçar para mudar, você se verá diante de um escolha. Abandone-o se necessário. Lembre-se: é sua escolha permanecer ou não nesse relacionamento. 
(Susanna McMahon - O Terapeuta de Bolso)
 


domingo, 8 de novembro de 2015

Dica de Filme: O Substituto (Indiferença)

Nesta semana assisti a um filme chamado O Substituto (Indiferença) - (Detachment - 2011). Veja a sinopse:

"Henry Barthes é um professor brilhante com um verdadeiro talento para se conectar com seus alunos. Em outro mundo, ele seria um herói para sua comunidade. Mas, assombrado por um passado conturbado, ele escolhe ser professor substituto - nunca na mesma escola por mais que algumas semanas, nunca permanecendo tempo suficiente para formar qualquer relação com os alunos ou colegas. Uma profissão perfeita para alguém que busca se esconder ao ar livre. Quando uma nova missão o coloca numa decante escola pública, o isolado mundo de Henry é exposto por três mulheres que mudam a sua visão sobre a vida: uma estudante, uma professora e uma adolescente fugitiva.
Durante somente três semanas o professor substituto (Henry Barthes) deverá enfrentar a doença (Alzheimer) e morte do avô, com quem viveu uma terrível história familiar; a vida de uma adolescente prostituta e maltratada, que acabará hospedando na sua casa; alunos violentos e sem perspectiva de futuro, outros com uma carga incrível de sofrimento e carentes do mais básico; professores/as que ainda tentam fazer o seu melhor com alunos/as que não estão para nada interessados em estudar, enquanto outros, carregando histórias pessoais trágicas, afundam na angústia e na depressão."
(Sinopse retirada daqui. Leia também a análise psicológica do filme feita nesse blog, é excelente!)



O filme é muito bom, mas um pouco melancólico, pois nos leva a refletir não só a respeito da decadência do sistema educacional, mas também da indiferença que impera em nossa sociedade hoje em dia. A maioria das pessoas vive trancada em seus mundos particulares, sem a menor disposição para criar vínculos com os outros seres humanos. Até que ponto esse comportamento nos deixa vazios?

Uma cena que me agradou bastante foi uma em que o professor Henry falou sobre a importância da leitura como instrumento de libertação:




“Incoerência é acreditar deliberadamente em mentiras sabendo que elas são falsas. Por exemplo: eu preciso ser bonita para ser feliz... ser magra, famosa, estar na moda... Os nossos jovens de hoje são ensinados que as mulheres são prostitutas, vadias, coisas para serem fornicadas, espancadas, envergonhadas. Isto é um holocausto publicitário, vinte e quatro horas por dia, pelo resto de nossas vidas. Os poderes instituídos vivem nos emburrecendo até a morte. Então, para nos defendermos e conseguirmos lutar contra a assimilação dessa burrice em nossos processos mentais, temos que aprender a ler, para estimular a nossa própria imaginação, para cultivar a nossa própria consciência, nossos próprios sistemas de crenças. Todos nós precisamos dessa competência para nos defender, para preservar as nossas mentes”.


"Muitos homens iniciaram uma nova era na sua vida a partir da leitura de um livro."
(Henry David Thoreau)

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Por que é preciso cortar contato com o (a) EX?

Quando um relacionamento termina, ficamos arrasados. Todo um processo de reflexão toma conta de nós, e buscamos as respostas para diversas perguntas, como: "O que eu fiz de errado?", "Por que Fulano (a) não quis mais ficar comigo?", "Por que o amor acabou?", "Tem algo errado comigo?"... e por aí vai.




Muitas vezes, somos surpreendidos pelo parceiro (a) e, do dia pra noite, nos vemos sozinhos, com o coração despedaçado. A vontade de retomar a relação é tão grande quanto nosso orgulho ferido, e é aí que temos que tomar uma decisão: devemos priorizar a nós mesmos ou ao outro (a)? Quem é mais importante, EU ou a pessoa que me deixou?
Se você respondeu "EU", meus parabéns! Está no caminho certo para superar a separação. Coloque-se em primeiro lugar, não importa o que os outros pensem ou digam. Tenha como foco principal a sua recuperação, a reconstrução da sua vida e preserve sua autoestima. Lembre-se de que VOCÊ é a pessoa mais importante e invista em seu bem-estar.
Sendo assim, cortar contato com o (a) ex é de suma importância, pelo menos nos primeiros tempos. Não, não estou dizendo que você deverá ser inimigo do outro para sempre, mas concorda que tomar uma distância é necessário e até recomendável? No auge da tristeza e da indignação, o melhor é se afastar e se preservar, afinal, o que você vai ganhar remoendo infinitamente o rompimento e o fim de seu relacionamento?
Hoje em dia, com as redes sociais e etc, fica muito fácil rastrearmos qualquer pessoa. Mesmo que o indivíduo não tenha o hábito de se expor na internet, sempre haverá um cristão que postará uma foto, fará um check-in ou deixará um comentário qualquer, colocando na boca do povo o que fazemos e onde vamos nos divertir. Sendo assim, a vida real virou um palco onde fica fácil saber o que está acontecendo na vida do (a) ex. Agora eu lhe pergunto: você acha que é saudável ficar ciente de todos os passos de seu ex, controlando, seguindo, passando raiva, se frustrando? Claro que não! Ex é ex, já era, acabou! Não vale a pena ficar sofrendo, comparando sua vida à do outro, competindo para ver quem está se divertindo mais ou se dando melhor depois da separação. Isso é perda de tempo e de energia! Não seria melhor você se concentrar nas suas coisas, dedicar tempo aos seus interesses e deixar o outro viver da maneira que quiser?
Cognitivamente, a melhor coisa pra não se irritar é selecionar o que você ouve e vê, controlando assim seus estados mentais. Isso já é provado cientificamente, afinal, o Modelo Cognitivo é a base da Terapia Cognitivo-Comportamental, abordagem terapêutica que mais obtém resultados no campo da Psicologia atualmente. Primeiro pensamos, depois sentimos e, em seguida, agimos. Já que é assim, pra que sofrer? Pra que ficar remoendo algo que visivelmente lhe faz mal, que vai lhe machucar? Simplesmente NÃO QUEIRA SABER O QUE SEU EX ESTÁ FAZENDO! Preserve seu bom humor não se interessando pela vida do outro!
A melhor coisa a fazer quando saímos de um relacionamento, especialmente se o término foi desagradável ou traumático, é nos recolhermos e sairmos de circulação por uns tempos. Agindo assim, nos preservamos de situações constrangedoras e também não nos machucamos caso o (a) ex esteja fazendo algo que vai nos desagradar. Se terminarmos e ficarmos todos os dias investigando, seguindo e stalkeado o ex, jamais iremos esquecê-lo, pois uma dependência psicológica se instalará e não teremos foco e energia para cuidarmos da nossa própria vida. Portanto, preserve-se e cuide-se, afinal, VOCÊ é o centro do seu universo! Concentre-se totalmente em você e recupere-se mais rapidamente!




Estou terminando de escrever o livro Como esquecer quem não te merece, um guia prático para quem quer e precisa superar uma separação de maneira rápida e objetiva. Nessa obra, diversas ferramentas são disponibilizadas para que possamos superar mais facilmente um rompimento amoroso. Com a ajuda da Terapia Cognitivo-Comportamental e da Programação Neurolinguística, o sofrimento que decorre de uma separação mal elaborada pode ser abreviado, ajudando assim a pessoa a retomar as rédeas da própria vida de maneira tranquila e natural.
(Texto: Ligia Guelfi) 

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Mousse de Morango



 


Rendimento: 4 porções
Você vai precisar de:
- 1 caixa pequena de morango (aproximadamente 3 xícaras de chá);
- 1 caixinha de creme de leite;
- 1 envelope de gelatina sem sabor (12g);
- 5 colheres (sopa) de água fria para hidratar a gelatina;
- 3 claras;
- 5 colheres (sopa) de açúcar;
- morangos frescos para decorar.

Bata no liquidificador os morangos com o creme de leite. Acrescente a gelatina já hidratada e bata mais um pouco. Reserve.
Na batedeira, bata as claras com o açúcar até atingir o ponto de merengue firme. Junte o conteúdo reservado que está no liquidificador, batendo à mão delicadamente.
Pegue uma fôrma de pudim, unte com óleo e passe na água. Coloque a mistura na fôrma e deixe na geladeira por umas 4 horas. Desenforme e decore com os morangos frescos.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

Teste: Você é um procrastinador?

A autoestima e a procrastinação

Um outro aspecto da vida que envolve a autoestima é o que chamamos de Procrastinação, ou seja, a tendência em deixar para o dia seguinte o que se pode fazer hoje mesmo.
Os pesquisadores contemporâneos do campo da autoestima enfatizam que a capacidade de se controlar e a auto-disciplina constituem fatores que favorecem uma boa autoestima.
A procrastinação nasce de uma falta de autodisciplina. Assim, se você fizer imediatamente o que tem a fazer, a sua autoestima vai aumentar.

Você é um procrastinador (a)? Para saber, faça o seguinte teste. Marque um X no que descreve melhor o que você sente e faz. Siga a seguinte tabela:

0 - nem um pouco
1 - às vezes
2 - com moderação
3 - muito

1) Com frequência penso comigo mesmo (a) que só vou fazer tal coisa quando tiver vontade. (     )
2) Irrito-me quando as coisas se mostram difíceis. (     )
3) Adio os prazos quando não estou com vontade de trabalhar. (     )
4) Prefiro nada fazer a fracassar. (     )
5) Sou muito crítico (a) em relação a tudo o que faço. (     )
6) Nunca fico orgulhoso (a) dos meus resultados. (     )
7) Temo não obter sucesso. (     )
8) Sinto-me culpado (a) quando penso em tudo o que deveria fazer. (     )
9) Nunca tenho vontade de fazer as coisas que tenho fazer. (     )
10) Detesto as pessoas que tentam me controlar e me dizer o que devo fazer. (     )

TOTAL = (     )

Se tiver obtido mais de 15 pontos, isso significa que você procrastina, e a sua autoestima pode ser prejudicada por isso. Então, tome coragem, não deixe para amanhã o que pode realizar hoje.

Como bloquear a procrastinação?

- Colocando a mão na massa! Não espere ter ânimo para começar, ele virá à medida que você progredir no seu projeto. 

- Faça um plano: 
  * Quando você vai começar?
  * Por onde você vai começar?

- Divida a tarefa em pequenas etapas de 15-20 minutos e vá em frente!

- Pense positivo. Identifique as frases negativas que você se diz e substitua por afirmações positivas. Por exemplo, em vez de "Ai, ai... Não estou com a menor vontade de fazer isto!", diga "Vou colocar a mão na massa durante 20 minutos, hoje estou me sentindo cheio (a) de energia!"

- Reconheça o seu esforço e parabenize-se interiormente.



domingo, 1 de novembro de 2015

Resenha: Caderno de exercícios para aumentar a Autoestima

Hoje terminei de ler um livrinho muito simpático e agradável. Trata-se do Caderno de exercícios para aumentar a Autoestima, das autoras suíças Rosette Poletti e Barbara Dobbs. Como o próprio nome sugere, o livro traz explicações sobre o conceito de Autoestima e também oferece exercícios práticos de como podemos desenvolver e aumentar o nosso amor por nós mesmos.




De acordo com a obra, a Autoestima é "o resultado da visão que uma pessoa tem de si mesma: de sua aparência física, habilidades, realizações profissionais e pessoais, da riqueza de sua vida afetiva. O sucesso em uma ou em várias destas áreas não garante a autoestima. Ela emana de um equilíbrio entre estes diferentes aspectos. A autoestima é uma moeda frágil e instável, que aumenta quando respeitamos os nossos próprios valores e diminui toda vez que o nosso comportamento os contradiz."

É claro que o conceito de Autoestima é bastante amplo e merece um estudo mais detalhado, como por exemplo nas obras de Jung e Rogers, mas achei esse livrinho uma boa pedida para quem está começando a se interessar pelo assunto. Com exercícios baseados no modelo cognitivo, o indivíduo consegue perceber suas próprias características, qualidades, facilidades, ficando ciente do seu valor enquanto pessoa e ser humano. Além disso, as ilustrações são bastante lúdicas e divertidas, dando à obra um ar leve e bem-humorado. Vale a pena dar uma olhadinha! :)