terça-feira, 24 de setembro de 2013

É legítimo lutar por amor?

Hoje assisti a um vídeo muito bom do meu amado Dr. Gikovate. Sim, sou fã de carteirinha dele, confesso sem o menor constrangimento! Gosto muito da abordagem racional e pragmática desse conceituado psiquiatra e reconheço que aprendo muito lendo seus livros e acompanhando seus vídeos no youtube.




Muito bem, quero fazer algumas considerações a respeito do assunto abordado: 
Desde que nascemos, somos bombardeados com inúmeras crenças bastante peculiares a respeito do Amor. Vivemos em um mundo altamente violento, desigual e injusto, fato claro e patente. Em decorrência disso, as pessoas acabam colocando o Amor em um patamar sublime, diferenciado, acima do bem e do mal a fim de compensar tantas coisas ruins e desagradáveis. É como se o Amor e a realização amorosa pudessem redimir e compensar esse monte de desgraças e injustiças a que estamos expostos. Por isso, homens e mulheres levam essas crenças distorcidas ao pé da letra e acabam se magoando excessivamente quando seus desejos não são atendidos ou quando suas expectativas são frustradas. Uma dessas crenças perigosas que trazemos conosco desde a infância é aquela que diz que Por Amor tudo vale a pena. Com esse conceito entranhado em suas mentes, as pessoas fazem as maiores loucuras do mundo para conquistar e manter a pessoa amada. Com certeza você mesmo já fez alguma loucura por amor, não é? Todo mundo já fez uma grande besteira na vida (ou mais do que uma!) motivado por crenças românticas e sonhadoras. 
No vídeo, o Dr. Gikovate fala sobre a legitimidade de fazermos tudo por amor, de tentarmos continuamente conquistar ou manter alguém ao nosso lado. Pode ser que a pessoa não nos queira mais, pode ser que tenhamos sido rejeitados, abandonados ou enganados. Quem nunca levou um belo chute na vida? Acho que todos nós, né? Porém, insistir para convencer o outro a mudar de ideia, fazer joguinhos, fazer chantagem emocional, chorar, pedir, implorar, correr atrás é tudo perda de tempo. Raciocinemos: se o outro não me quer mais, ele está no seu direito! Ninguém é obrigado a fazer algo que não quer, nem eu, nem você, nem seu ex e nem a sua avó! Cada um tem o direito de fazer aquilo que lhe apetece!




Pense comigo: num mundo onde existem bilhões de pessoas, será mesmo que somente Fulano ou Siclana podem dar certo com você? Você não acha que esse é um pensamento restritivo demais? Existem milhares de pessoas que são compatíveis com você, que podem desenvolver um relacionamento sadio na sua companhia. Portanto, esqueça o conceito sonhador de que existe uma "alma gêmea" que vai te fazer imensamente feliz por toda a eternidade porque isso, simplesmente, não existe! A verdade é que, durante sua jornada terrena, você vai encontrar diversas pessoas que serão compatíveis com você e que despertarão o seu interesse. Viva o que tem que viver com essa pessoa, aproveite cada momento e depois aceite seguir sua vida sem choro nem ranger de dentes, sem faniquitos, sem mimimi. Aprenda com as lições valiosas que somente um relacionamento íntimo pode trazer, agradeça e siga em frente!
Tenho a impressão de que a insistência em reconquistar ou manter um parceiro ao nosso lado à força tem mais a ver com nossa vaidade e egoísmo do que com amor, carinho e afinidade. O negócio vira um desafio, uma questão de honra e, muitas vezes, não tem nada a ver com o outro. Claro que ser rejeitado não é nada agradável, mas isso acontece todos os dias com milhares e milhares de pessoas mundo afora. Você não vai ser nem o primeiro nem o último ser humano a levar uma bota. Então, pra quê dramatizar? Tenha em mente de que quem perdeu com a separação foi o outro, não você! Ame-se, respeite-se e siga sua vida sem fazer uma novela mexicana, sem ser pegajoso, grudento, emo, dramático e chorão. Tenha compostura! VOCÊ é a pessoa mais importante da sua vida!

Para terminar, vamos lembrar da sábia frase do incrível Raul Seixas:

Porque quando eu jurei meu amor eu traí a mim mesmo, hoje eu sei
Que ninguém nesse mundo é feliz tendo amado uma vez....


As coisas mudam, as pessoas mudam, os sentimentos mudam. O tempo todo. Tudo é dinâmico, tudo está em constante movimento. As coisas não permanecem iguais para sempre, então é claro que o outro tem o direito de não te amar mais. E você também! Por exemplo, digamos que há um ano atrás você se apaixonou por alguém e lhe disse: "Eu amo você". O tempo passou, as coisas mudaram. Pode ser que hoje você não ame mais a pessoa. E aí? Isso faz de você um mentiroso, um impostor, um canalha? Claro que não! Sendo assim, respeite o livre-arbítrio alheio. Você é a mesma pessoa que era há um ano? Não, né? Eu também não sou! Cada um está vivendo sua própria vida, mudando, crescendo, aprendendo. Ninguém morre por amor e, por pior que tenha sido a sua decepção, uma hora passa. Acredite em mim, passa mesmo! Um belo dia você vai acordar e perceber que fez uma tempestade num copo d'água, pois nada é eterno e as pessoas se encontram e se separam o tempo todo, em todos os lugares do mundo. Por isso, concentre-se em VOCÊ, sempre! VOCÊ é a sua prioridade. Reveja as crenças românticas e sonhadoras que você possui a respeito de amor e relacionamentos, coloque os pés no chão e viva os amores possíveis que a vida lhe trouxer. Afinal, o único amor que não muda e não lhe decepciona é o amor-próprio. Ame-se totalmente, integralmente, incondicionalmente. Sempre!

domingo, 22 de setembro de 2013

O Deslumbramento

Como é incrível um restaurante de luxo; se for de alto luxo e em Paris, mais incrível ainda. Os garçons volteiam por entre os clientes e todos os desejos são realizados antes mesmo de sabermos que eles existem. Nesses ambientes, tem de tudo e não se espera por nada. É uísque? Ok. De que marca? Copo curto ou longo? Gelo? E a água, é natural ou com gás? Pense: se seu amigo mais íntimo for visitar você, já percebeu quantas providências terá que tomar até que estejam os dois sentados conversando, botando a vida em dia? Quando, enfim, conseguirem, ainda precisará limpar cinzeiros – isso sem falar no capítulo salgadinho e afins. Aí, realmente, é demais e, por todas essas razões, vamos voltar correndo aos restaurantes. Aliás, a um determinado restaurante, e em Paris, claro.
Foi assim: fazia frio lá fora, mas bastava entrar para nos sentirmos no paraíso. Em cima do balcão do bar, havia um imenso jarro com as flores mais lindas do mundo, de um tipo ao qual não estamos habituados, por não ter nada de tropical. O maître nos levou à mesa, e a sensação de felicidade só fez aumentar. Depois de servidos os drinques, olhei em volta para reconhecer o terreno. Todos pareciam felizes, o que é sempre bom, mas me detive em uma mesa com dois casais. Não eram muito jovens nem muito bonitos, e um deles prendeu meu olhar. Ele tinha entre 50 e 60 e não era nenhum galã. Com uma barba moderna, estilo malfeita, dava atenção especial à sua companheira. Ela não era inacreditavelmente bonita e teria o quê? Quarenta, 45? Bem, com as mulheres nunca se sabe. É certo que ele não parecia exatamente apaixonado, mas, de alguma maneira, dava para sentir que todas as outras não tinham a menor importância para ele; não naquela noite.
Ele ouvia o que ela dizia – ou melhor, escutava, o que é bastante diferente –, e com aquela atenção que raramente os homens dão. E tinha mais: de vez em quando, passava a mão no ombro dela com um ar de posse, uma firmeza daquelas que as mulheres adoram. Ele não era maravilhoso, mas havia uma certa decisão no seu rosto, na sua expressão e, sobretudo, nas suas mãos, que não só eram lindas como também sábias. Para entender melhor o clima: as toalhas eram rosa e havia velas nas mesas, o que fazia com que as mulheres parecessem deusas, e os homens... Nem vamos falar disso! Todos ali eram bonitos e glamourosos, assim como aparentavam não ter um só problema na vida e ser muito felizes. E achei, com certo pesar, que não pertencia àquele mundo. Depois do ritual de praxe – champanhe, primeiro prato, segundo prato e o suflê da sobremesa, sabiamente encomendado no início da refeição –, veio o café. E, por uma dessas coincidências que ocorrem, as duas mesas (a deles e a nossa) se levantaram ao mesmo tempo e todos nos encontramos na calçada. Foi incrível. O tal casal, longe das velas, das flores e da atmosfera, era apenas banal. Ele, o charmoso, era feio e deselegante e ela... Bem, um nada. A barba dele, tão sedutora, não passava de barba malfeita, e aquela mão, tão carinhosa, estava prosaicamente tentando chamar um táxi. Ele foi andando para procurar outro carro, e ela ia atrás, se equilibrando no salto. Nessa hora, entendi por que a maioria das pessoas faz quase qualquer coisa por dinheiro: para viver em lugares luxuosos, achando que a vida é sempre bela e todos são lindos e felizes. A conta foi alta, mas valeu. Afinal, por duas horas de ilusão, se paga qualquer preço.
(Danuza Leão)


segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Resenha: O Lado Bom da Vida

Ontem terminei a leitura de O Lado Bom da Vida e posso afirmar com todas as letras: o filme saiu bem melhor do que o livro!


 

Não que o livro seja ruim, longe disso, mas achei que a adaptação para o cinema foi bastante feliz. Assisti ao filme há uns meses e esperava que o livro fosse um pouco mais denso, mais profundo. Os diálogos do filme eram bem mais fluídos e significativos, no livro senti um negócio meio superficial, meio simples demais... Claro que isso acontece porque a obra é narrada em 1ª pessoa (Pat conta sua história aos leitores, comentando sobre suas impressões e sentimentos) e isso influi bastante na narrativa, né? Mas não sei, eu esperava mais, bem mais.




A história é muito boa e a adaptação para o cinema ficou fantástica, principalmente na parte do concurso de dança. Robert de Niro estava absolutamente perfeito no papel do pai de Pat (um velho completamente pirado que tinha oscilações de humor de acordo com os resultados dos jogos de Futebol Americano). Bradley Cooper fez um Pat adorável e Jennifer Lawrence simplesmente arrasou no papel da revoltada Tiffany. Gostei muito mesmo do filme, e penso que a história teve um final feliz, apesar de todas as "limitações" psicológicas dos personagens.




No livro, as melhores páginas são escritas por Tifanny, quando esta se faz passar por Nikki. Eis um trecho que me chamou bastante a atenção:

Por causa disso, às vezes não tenho certeza se os muitos anos "sem Pat" existiram; talvez tenham sido apenas uma breve separação que parece ter durado anos. Como uma viagem solitária de carro que leva toda a noite, mas parece ter durado a vida inteira. Ao ver as faixas da estrada passando a cem quilômetros por hora, seus olhos se tornam preguiçosos e sua mente vaga pelas lembranças de toda uma vida - passado e futuro, de memórias de infância a reflexões sobre sua própria morte - até que os números no relógio do painel não significam mais nada. Então o sol nasce e você chega ao seu destino e a viagem é que se torna a coisa irreal, porque aquela sensação surreal desaparece e o tempo volta a fazer sentido.

Gostei também muito da parte em que Pat percebe que Tiffany é muito mais compatível com ele do que Nikki e diz:

Em meus braços está uma mulher que me deu uma Tabela do Observador do Céu, uma mulher que sabe todos os meus segredos, uma mulher que sabe quão problemática é a minha mente, quantos comprimidos eu tomo, e que ainda assim permite que eu a abrace. Há algo de honesto em tudo isso, e eu não consigo imaginar nenhuma outra mulher deitada comigo no meio de um campo de futebol congelado, no meio de uma tempestade de neve, até impossivelmente esperando uma nuvem soltar-se de um nimbo-estrato.
Nikki não teria feito isso por mim, nem mesmo em seus melhores dias.

Lúcido, né? Para um "doente mental", Pat se mostrou absolutamente lúcido neste parágrafo. Afinal, a forma mais intensa e plena de amor é aquela em que não usamos máscaras, é a exposição sem censura de todas as nossas virtudes e defeitos. Pat percebeu que sua amada e idealizada Nikki nunca o enxergou de verdade, mas Tiffany sim, inclusive aceitando todas as suas "limitações". Acredito que esta é a verdadeira intimidade: mostrar-se sem máscaras. E enxergar o outro sem filtros nem projeções.



De qualquer modo, a história é bastante doce, ao menos pra mim. Mesmo em seu processo contínuo de negação, Pat mostrou-se otimista e trabalhou para melhorar-se e evoluir como pessoa. Ele agiu corretamente, de uma certa maneira. O otimismo inocente que tinha o ajudou a se recuperar. Claro que um dia ele teve que encarar a verdade, mas neste estágio ele já tinha começado uma nova vida e estava muito mais fortalecido do que antes. Acredito no otimismo também, apesar de tudo!

UPDATE!!! (27/06/2016)

Assista à resenha em vídeo:


terça-feira, 3 de setembro de 2013

Soneto XVII

No te amo como si fueras rosa de sal, topacio
o flecha de claveles que propagan el fuego:
te amo como se aman ciertas cosas oscuras,
secretamente, entre la sombra y el alma.

Te amo como la planta que no florece y lleva
dentro de sí, escondida, la luz de aquellas flores,
y gracias a tu amor vive oscuro en mi cuerpo
el apretado aroma que ascendió de la tierra.

Te amo sin saber cómo, ni cuándo, ni de dónde,
te amo directamente sin problemas ni orgullo:
así te amo porque no sé amar de otra manera,

sino así de este modo en que no soy ni eres,
tan cerca que tu mano sobre mi pecho es mía,
tan cerca que se cierran tus ojos con mi sueño.

(Pablo Neruda)


domingo, 1 de setembro de 2013

O que Forrest Gump pode nos ensinar sobre a vida

Recentemente assisti a um filme que fez um imenso sucesso nos anos 90: Forrest Gump, estrelado pelo talentosíssimo Tom Hanks e vencedor de 6 Oscars, merecidamente. Eu já havia visto este filme antes, já havia visto alguns pedaços separadamente ao longo dos anos, mas desta vez me sentei pra assistir de verdade, prestando bastante atenção aos detalhes. E como nosso olhar muda com o passar do tempo, pude perceber várias coisinhas que não havia notado antes.



Forrest é um menino diferente. Ele tem um QI considerado abaixo da média e por isso é mais lento do que as outras crianças. Além disso, tem um problema de coluna que o obriga a usar um aparelho corretivo para as pernas. Claro que isso é motivo para gozações por parte de todos. Na escola Forrest conhece Jenny, sua melhor amiga e grande amor. Ambos crescem e seguem suas vidas, e Forrest participa de vários eventos importantes da história dos EUA. No final, Forrest e Jenny têm um filho. Jenny morre com o vírus da AIDS e Forrest cria a criança sozinho.

Run, Forrest, Run!!!

 
Muito bem, a ideia deste post não é falar da trama do filme, mas sim das mensagens implícitas na história. Um filme ou obra de arte em geral não tem somente aquele significado óbvio, lógico e totalmente explícito. Tudo tem várias camadas de significado, camadas estas que são interpretadas segundo a experiência de mundo de quem assiste. Cada um vai ver as coisas de uma maneira personalizada, particular. Essa é a grande beleza da Arte: ela possibilita diversas interpretações daquilo que parece óbvio à primeira vista.
Dito isso, comecemos:

Pra mim, a mãe de Forrest é um personagem muito expressivo. Ela era uma mulher forte, decidida, esperta. Acreditava na capacidade do filho, mesmo ele sendo inferiorizado pelos outros. Insistiu para que o protagonista estudasse em um colégio regular, junto com as outras crianças consideradas "normais" e, no final das contas, foi isso o que fez a grande diferença na vida do garoto. Se ele não tivesse estudado em um colégio comum, não teria entrando pro time de futebol americano e não teria estudado em uma Universidade. E é incrível o quanto esta mulher influenciou o filho, pois durante o filme todo, ele fazia menção à ela, dizendo: "Mamãe dizia isso, mamãe dizia aquilo..." Achei um personagem de peso, talvez porque esta mulher tão admirável me pareceu bastante familiar. Digo isso porque vi muito da minha mãe nela. Minha mãe teve, durante a vida toda, diversos problemas de saúde, mas nunca se deixou abalar nem nunca usou isso como muleta para não fazer as coisas ou para manipular os outros.

Outra parte do filme que me comoveu bastante foi quando Jenny foi visitar Forrest e depois de ficar com ele por uma noite, o abandonou. Para amenizar seu desgosto, Forrest começou a correr por todo o território dos Estados Unidos e permaneceu correndo sem parar por 3 anos e meio. Exatamente como fazemos quando temos alguma decepção muito grande, especialmente amorosa. Nesses casos, temos duas opções: ou paramos tudo e nos entregamos à depressão, ou nos levantamos e corremos, corremos, o máximo que aguentamos, a fim de deixar o passado pra trás. Achei uma metáfora fortíssima e também me identifiquei. Quem é que nunca correu sem olhar pra trás a fim de se livrar de um sofrimento emocional muito grande? Achei fantástica a sacada!




Uma outra coisa que achei muito legal foi Forrest ser um personagem bastante honesto e puro de coração. Num mundo onde o ato de levar vantagem sobre os outros está tão em voga, Forrest, apesar de ser limitado intelectualmente, é um homem puro, honesto, gentil, amigo, humilde, dedicado, esforçado. Você percebeu que ele nunca focava em suas limitações, mas sim naquilo que fazia de melhor? O fato de correr rápido o favoreceu em muitos momentos de sua trajetória, sem dúvida. Ele sempre se dedicava muito ao que estava fazendo no momento, seja como atleta de futebol americano, seja no exército, seja como pescador de camarões, seja como jogador de ping pong. E é muito válida a sua postura no final do filme. Ele já era um milionário e mesmo assim continuava morando na casa que herdou de sua família, sem ostentação, sem luxos desnecessários. Ele mesmo afirmou gostar de trabalhar cortando grama em sua cidade natal e que não pedia nem salário, já que era rico. Que diferença dos milionários que gozam de um alto QI, hein?



Algumas frases desse personagem incrível me chamaram bastante a atenção. Vejamos:

"Eu não sou esperto, mas sei o que é amar."
Forrest diz isso à Jenny quando ela se recusa a se casar com ele. É comovente esta frase porque mostra que o personagem tem consciência de suas limitações e sofre em consequência disso. Eu penso que saber amar não tem nada a ver com cultura, inteligência ou erudição. Conheço pessoas inteligentíssimas que não têm o menor controle emocional. Forrest mostra que a capacidade de amar transcende muito os atributos intelectuais de alguém.

"Mamãe dizia que a vida é como uma caixa de bombons, nunca se sabe o que vai encontrar."
Esta frase é muito sábia. A vida é bem assim mesmo: uma caixa de bombons, com opções que você adora, outras que você gosta moderadamente e algumas que você detesta. A gente nunca sabe o que vem pela frente. Tudo pode acontecer nessa vida e talvez essa seja a grande beleza de viver. Se tudo estivesse definido e planejado, nossa jornada terrena seria uma chatice sem fim.

"Idiota é quem faz idiotices."
Isso é fato. Idiota não é quem DIZ idiotices, mas quem as FAZ. As pessoas deveriam ser julgadas por suas ações, não por suas palavras.

Enfim, Forrest Gump é um filme que merece ser revisitado diversas vezes. O trabalho do ator Tom Hanks foi impecável. Brilhante! E para terminar, vou deixar aqui uma citação que resume bem a ideia do filme:

“Eu não sei se mamãe está certa, ou se o Tenente Dan é que está. Não sei se cada um tem um destino ou se só flutuamos sem rumo, como numa brisa... mas acho que talvez sejam ambas as coisas. Talvez as duas coisas aconteçam ao mesmo tempo.”
(Texto: Ligia Guelfi)