quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Dica de Leitura: Maestria

Nesta semana terminei de ler o livro Maestria, do espetacular escritor americano Robert Greene. Sim, sou uma grande fã do cara, já li quase todas as suas obras (só não li A 50º Lei) e adoro as ideias e técnicas que ele apresenta. Seus livros são recheados de reflexões, exemplos históricos e, principalmente, técnicas para aplicarmos os conceitos discutidos. 
Em Maestria, o autor discute sobre os gênios e as invenções fantásticas que mudaram o rumo da humanidade. Fazendo uma pequena biografia de figuras como Leonardo da Vinci, Goethe, Charles Darwin, Thomas Edison, Mozart, Einstein e outros, Robert Greene analisa o aprendizado desses mestres, o desenvolvimento prático de suas pesquisas e suas criações geniais. Durante a leitura, vamos desmistificando a ideia do que é ser um "gênio". Nos ensinaram que os gênios nascem com superpoderes, dons de alma, habilidades inexplicáveis e mágicas, não é mesmo? Pois bem, analisando racionalmente a trajetória desses seres inteligentíssimos e bastante disciplinados, percebemos que seus sucessos foram frutos de muito estudo, disciplina e trabalho. Sim, TRABALHO! Ou você acha que Mozart nasceu tocando piano sem a ajuda de ninguém? rs
Gostei bastante do livro, especialmente porque o autor nos incentiva a explorar nossas potencialidades sem crenças limitantes. É óbvio que os gênios citados acima tinham uma grande FACILIDADE para suas áreas, mas ninguém nunca nos disse que eles ficaram de 10 a 20 anos imersos em seus estudos, testes e experimentos. Robert Greene nos dá várias dicas e planos de ação para expandirmos nossa inteligência e, consequentemente, nossos resultados.



Desviar-se da Maestria é negar sua existência ou sua importância, e, portanto, a necessidade de se esforçar para alcançá-la. Mas essa negação só pode levar a sentimentos de impotência e decepção, resultando na submissão ao que denominaremos falso eu.
O falso eu é o acúmulo de todas as vozes de outras pessoas que você internalizou - pais e amigos que pretendem convencê-lo a aceitar as ideias deles sobre como e o que você deve ser, assim como pressões sociais para aderir a certos valores que podem seduzi-lo com facilidade. Também inclui a voz de seu próprio ego, que constantemente tenta protegê-lo de verdades desagradáveis. Esse eu o pressiona com palavras contundentes, e, quando se trata de maestria, faz afirmações do tipo: "Maestria é coisa de gênios, de pessoas com talentos excepcionais, de aberrações da natureza. Não nasci assim, e pronto." Ou diz: "A maestria é feia e imoral. É para os ambiciosos e egoístas. É melhor aceitar meu lugar na vida e ajudar outras pessoas, em vez de enriquecer." Ou talvez: "Sucesso é sorte. Os chamados Mestres são pessoas que estavam no lugar certo, na hora certa. Eu também poderia estar no lugar deles, se tivesse um lance de sorte." Ou ainda: "Dedicar-me durante tanto tempo a algo que exige tanto sacrifício e esforço, para quê? É melhor aproveitar a vida, que é curta, e me arranjar da melhor maneira possível."
Como você já deve saber a esta altura, essas vozes não falam a verdade. A maestria não é questão de genética nem de sorte, mas de seguir suas inclinações naturais e seus anseios que o fazem vibrar por dentro. Todos têm essas inclinações. O desejo que o deixa empolgado não é motivado por egoísmo ou pura ambição, fatores que, na verdade, são obstáculos à maestria. Trata-se, em vez disso, de uma expressão profunda de algo natural, de alguma coisa que o marcou na infância, como indivíduo singular e sem igual. Ao seguir suas inclinações e ao avançar para a maestria, você faz grandes contribuições para a sociedade, enriquecendo-a com descobertas e ideias, e explorando ao máximo a diversidade da natureza e da sociedade humana. De fato, o cúmulo do egoísmo é simplesmente consumir o que os outros criaram e se recolher na concha dos objetivos limitados e dos prazeres imediatos. Alienar-se de suas inclinações só pode resultar em dor e decepção no longo prazo, e à sensação de que desperdiçou algo único. Essa dor se manifestará sob a forma de amargura e inveja, embora você não reconheça a verdadeira fonte de sua depressão.
(Robert Greene - Maestria)


UPDATE!!! (02/03/2016)
Veja essa resenha em vídeo:


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