quarta-feira, 28 de outubro de 2015

A Autoestima e a relação com os outros (Posições Existenciais)

Éric Berne, fundador da Análise Transacional, em colaboração com Franklin Ernst, descreve quatro abordagens que permitem compreender a maneira como nos situamos diante dos outros e que constitui o reflexo imediato do nosso nível de autoestima. Ele chama estas abordagens de Posições Existenciais. Elas dependem das imagens que alimentamos de nós mesmos, dos outros e das relações que mantemos com eles.
Existem quatro Posições Existenciais: três delas revelam distúrbios de autoestima.

1 - Eu não me aceito, mas aceito os outros ( - + )
Esta posição é o resultado de dificuldades na infância: educação excessivamente liberal e superprotetora ou rígida e exigente demais. Ao chegar à idade adulta, esta pessoa não tem confiança em si mesma nem nos outros. Ela os admira e se acha incapaz de fazer o que eles fazem. Encontra-se frequentemente angustiada e às vezes depressiva.

2 - Eu me aceito, mas não aceito os outros ( + - )
Se uma criança não tiver recebido a segurança e o apoio necessários a um crescimento equilibrado, se ela tiver tido de "lutar para vencer", ela pode se tornar dura e ter tendência a desprezar os outros quando for adulta. Isto também pode ocorrer se os pais não tiverem imposto limites de forma atenciosa e firme. Ela cresce então "sem fé nem lei" e acaba tratando os outros como se eles fossem seus escravos e estivessem a seu serviço. Este comportamento pode parecer "uma alta autoestima" à primeira vista, o que não é o caso de maneira alguma. Trata-se de uma atitude que revela um profundo distúrbio de autoestima.

3 - Eu não me aceito e não aceito os outros ( - - )
Esta posição reflete uma séria carência de autoestima. "De que adianta?", "De qualquer forma, a gente vai se dar mal!", "Nem vale a pena tentar!", "São todos uns idiotas!"
Esta pessoas alimentam dentro de si uma imensa raiva do mundo inteiro. Elas não veem sentido algum em suas vidas. Este comportamento pode parecer "uma alta autoestima" à primeira vista, o que não é o caso de maneira alguma. Trata-se de uma atitude que revela um profundo distúrbio de autoestima.

4 - Eu me aceito, reconheço o meu valor e aceito os outros reconhecendo o valor deles ( + + )
Estas pessoas têm uma boa autoestima. O diálogo interior delas é positivo. Diante de um novo desafio, a "vozinha" interior diz: "Você vai conseguir, você possui as competências necessárias, vá em frente!"
Os que se colocam nesta posição podem viver plenamente, aceitando a si mesmos com o seu lado obscuro e o seu lado luminoso e sendo capazes de abertura, escuta e realismo.
(Rosette Poletti/Barbara Dobbs - Caderno de Exercícios para aumentar a Autoestima)





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