domingo, 4 de março de 2012

Tudo que cessa

Tudo que cessa é morte, e a morte é nossa
Se é para nós que cessa. Aquele arbusto
Fenece, e vai com ele
Parte da minha vida.
Em tudo quanto olhei fiquei em parte.
Com tudo quanto vi, se passa, passo,
Nem distingue a memória
Do que vi do que fui.
(Ricardo Reis, um dos heterônimos de Fernando Pessoa)




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