domingo, 8 de novembro de 2015

Dica de Filme: O Substituto (Indiferença)

Nesta semana assisti a um filme chamado O Substituto (Indiferença) - (Detachment - 2011). Veja a sinopse:

"Henry Barthes é um professor brilhante com um verdadeiro talento para se conectar com seus alunos. Em outro mundo, ele seria um herói para sua comunidade. Mas, assombrado por um passado conturbado, ele escolhe ser professor substituto - nunca na mesma escola por mais que algumas semanas, nunca permanecendo tempo suficiente para formar qualquer relação com os alunos ou colegas. Uma profissão perfeita para alguém que busca se esconder ao ar livre. Quando uma nova missão o coloca numa decante escola pública, o isolado mundo de Henry é exposto por três mulheres que mudam a sua visão sobre a vida: uma estudante, uma professora e uma adolescente fugitiva.
Durante somente três semanas o professor substituto (Henry Barthes) deverá enfrentar a doença (Alzheimer) e morte do avô, com quem viveu uma terrível história familiar; a vida de uma adolescente prostituta e maltratada, que acabará hospedando na sua casa; alunos violentos e sem perspectiva de futuro, outros com uma carga incrível de sofrimento e carentes do mais básico; professores/as que ainda tentam fazer o seu melhor com alunos/as que não estão para nada interessados em estudar, enquanto outros, carregando histórias pessoais trágicas, afundam na angústia e na depressão."
(Sinopse retirada daqui. Leia também a análise psicológica do filme feita nesse blog, é excelente!)



O filme é muito bom, mas um pouco melancólico, pois nos leva a refletir não só a respeito da decadência do sistema educacional, mas também da indiferença que impera em nossa sociedade hoje em dia. A maioria das pessoas vive trancada em seus mundos particulares, sem a menor disposição para criar vínculos com os outros seres humanos. Até que ponto esse comportamento nos deixa vazios?

Uma cena que me agradou bastante foi uma em que o professor Henry falou sobre a importância da leitura como instrumento de libertação:




“Incoerência é acreditar deliberadamente em mentiras sabendo que elas são falsas. Por exemplo: eu preciso ser bonita para ser feliz... ser magra, famosa, estar na moda... Os nossos jovens de hoje são ensinados que as mulheres são prostitutas, vadias, coisas para serem fornicadas, espancadas, envergonhadas. Isto é um holocausto publicitário, vinte e quatro horas por dia, pelo resto de nossas vidas. Os poderes instituídos vivem nos emburrecendo até a morte. Então, para nos defendermos e conseguirmos lutar contra a assimilação dessa burrice em nossos processos mentais, temos que aprender a ler, para estimular a nossa própria imaginação, para cultivar a nossa própria consciência, nossos próprios sistemas de crenças. Todos nós precisamos dessa competência para nos defender, para preservar as nossas mentes”.


"Muitos homens iniciaram uma nova era na sua vida a partir da leitura de um livro."
(Henry David Thoreau)

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