"Henry Barthes é um professor brilhante com um verdadeiro talento para
se conectar com seus alunos. Em outro mundo, ele seria um herói para
sua comunidade. Mas, assombrado por um passado conturbado, ele escolhe
ser professor substituto - nunca na mesma escola por mais que algumas
semanas, nunca permanecendo tempo suficiente para formar qualquer
relação com os alunos ou colegas. Uma profissão perfeita para alguém que
busca se esconder ao ar livre. Quando uma nova missão o coloca numa
decante escola pública, o isolado mundo de Henry é exposto por três
mulheres que mudam a sua visão sobre a vida: uma estudante, uma
professora e uma adolescente fugitiva.
Durante somente três semanas o professor substituto (Henry Barthes)
deverá enfrentar a doença (Alzheimer) e morte do avô, com quem viveu uma
terrível história familiar; a vida de uma adolescente prostituta e
maltratada, que acabará hospedando na sua casa; alunos violentos e sem
perspectiva de futuro, outros com uma carga incrível de sofrimento e
carentes do mais básico; professores/as que ainda tentam fazer o seu
melhor com alunos/as que não estão para nada interessados em estudar,
enquanto outros, carregando histórias pessoais trágicas, afundam na
angústia e na depressão."
(Sinopse retirada daqui. Leia também a análise psicológica do filme feita nesse blog, é excelente!)
O filme é muito bom, mas um pouco melancólico, pois nos leva a refletir não só a respeito da decadência do sistema educacional, mas também da indiferença que impera em nossa sociedade hoje em dia. A maioria das pessoas vive trancada em seus mundos particulares, sem a menor disposição para criar vínculos com os outros seres humanos. Até que ponto esse comportamento nos deixa vazios?
Uma cena que me agradou bastante foi uma em que o professor Henry falou sobre a importância da leitura como instrumento de libertação:
“Incoerência é acreditar deliberadamente em mentiras sabendo que elas
são falsas. Por exemplo: eu preciso ser bonita para ser feliz... ser
magra, famosa, estar na moda... Os nossos jovens de hoje são ensinados
que as mulheres são prostitutas, vadias, coisas para serem fornicadas,
espancadas, envergonhadas. Isto é um holocausto publicitário, vinte e
quatro horas por dia, pelo resto de nossas vidas. Os poderes instituídos
vivem nos emburrecendo até a morte. Então, para nos defendermos e
conseguirmos lutar contra a assimilação dessa burrice em nossos
processos mentais, temos que aprender a ler, para estimular a nossa
própria imaginação, para cultivar a nossa própria consciência, nossos
próprios sistemas de crenças. Todos nós precisamos dessa competência
para nos defender, para preservar as nossas mentes”.
"Muitos homens iniciaram uma nova era na sua vida a partir da leitura de um livro."
(Henry David Thoreau)
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