Quando nos apaixonamos, nos submetemos a um
tipo de “lavagem cerebral”. Nos convencemos, através de palavras ditas a nós
mesmos e aos outros, que nosso novo amor é o máximo, que tem essa e aquela
qualidade incrível e que devemos passar o resto de nossas vidas junto com ele.
E as juras de amor, então? Fazemos em alto e bom som promessas de amor eterno,
sem pensar se vamos mesmo conseguir cumprir tudo aquilo que prometemos.
Todas as crenças que temos, desde a infância,
foram incutidas em nossa mente pelos nossos pais, professores e pela mídia,
através de palavras. Nosso pensamento é estruturado por frases e afirmações,
por isso não se surpreenda se você acreditar em certas coisas que, analisadas
com profundidade, parecem tolas ou absurdas. Por exemplo, você pode ter ouvido
desde pequeno que beber leite com manga faz mal. Até hoje, na vida adulta, você
pode continuar acreditando piamente nesta afirmação. Porém, quem garante que
isso seja verdade? Você já leu o parecer de cientistas ou profissionais
especializados na área sobre o assunto? Já examinou as estatísticas? Enfim,
aceite o fato de que você pode acreditar em muitas bobagens só por costume, só
porque foi condicionado a crer em certas “verdades” que podem ser completamente
parciais.
Sua religião, o lugar onde você vive, o jeito como enxerga seu trabalho, suas ideias
sobre o amor, tudo isso pode ser apenas um amontoado de palavras equivocadas.
Você deve, então, redefinir suas crenças
a fim de criar sua própria verdade, a fim de verdadeiramente definir sua
própria opinião a respeito das coisas.
Os exercícios de avaliação a respeito do ex
funcionam da seguinte forma: se você, num passado distante ou recente, classificou
o seu ex como “O homem/mulher da sua vida”, dificilmente conseguirá se sentir
plena e satisfeita com outro(a) parceiro(a), concorda? Se você verbalizar a
seguinte frase: “Jamais serei feliz com outra pessoa”, você estará se
condicionando a ser infeliz. Você estará construindo sua própria “prisão
mental”. Sendo assim, o
primeiro passo para mudar um comportamento equivocado é mudar seu pensamento.
Lembre-se: pensamentos geram crenças e
crenças geram comportamentos.
Para esquecer quem não te merece é necessário
conscientizar-se, em primeiro lugar, de que essa pessoa realmente NÃO te
merece. Listar os defeitos do ex e suas mancadas é uma ótima técnica para mudar
o modo como sua mente enxerga a situação. Mudando o conceito, muda-se também os sentimentos e as reações. Se Fulano passou de “o amor da
minha vida” a “uma laranja podre que comprei por engano”, certamente seus
sentimentos mudarão e você conseguirá se desapegar muito mais rapidamente.
Pense comigo: não existe “amor à
primeira vista”? Se as pessoas podem se apaixonar tão rapidamente, também podem
se “desapaixonar” na mesma velocidade!
Desqualificar o ex através de palavras e declarações
pode parecer um processo nada romântico, mas
acredite: dá
certo! Os mais puritanos dirão que esse tipo de coisa é pecado, que perdoar e
oferecer a outra face é a melhor pedida, mas quem aguenta ser humilhado e desprezado eternamente?
Você tem que pensar em si mesmo em primeiro lugar, sem se preocupar com os conceitos de perdão e
desapego que aprendemos desde pequenos. Você prefere ser condescendente e
maltratado por pessoas aproveitadoras ou ser taxado de “ruim”, mas manter sua dignidade intacta? Pense
nisso. Nem sempre passar por bonzinho é a melhor escolha! Pare de pensar na
opinião dos outros a seu respeito e proteja-se dos abusos cometidos por
terceiros!
Recentemente terminei de escrever o livro Como esquecer quem não te merece,
um guia prático para quem quer e precisa superar uma separação de
maneira rápida e objetiva. Nessa obra, diversas ferramentas foram
disponibilizadas para que possamos superar mais facilmente um rompimento
amoroso. Com a ajuda da Terapia Cognitivo-Comportamental e da
Programação Neurolinguística, o sofrimento que decorre de uma separação
mal elaborada pode ser abreviado, ajudando assim a pessoa a retomar as
rédeas da própria vida de maneira mais tranquila e natural.
(Texto: LIGIA GUELFI)
(Texto: LIGIA GUELFI)
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