quarta-feira, 9 de março de 2016

Resenha: CEM ANOS DE SOLIDÃO - Gabriel García Márquez

Publicado pela 1ª vez em 1967, CEM ANOS DE SOLIDÃO é considerado um dos mais importantes livros da literatura latino-americana. Narrada no peculiar estilo chamado Realismo Fantástico (escola literária onde fatos mágicos e irreais são aceitos como naturais e corriqueiros pelos personagens), esta obra do escritor colombiano Gabriel Gárcia Márquez tem o poder de despertar a paixão de muitos leitores ao redor do mundo. 





A narrativa descreve cem anos da trajetória da família Buendía, iniciada por José Arcadio Buendía e Úrsula Iguarán. Este casal teve três filhos (José Arcadio, Aureliano e Amaranta) e depois adotaram como filha Rebeca, que ficou órfã de pai e mãe. A história das gerações dos Buendía é narrada em um estilo único, peculiar, original e extremamente bem escrito. Muitos personagens se juntam à trama e fatos extraordinários acontecem ao longo desses cem anos, na fictícia e isolada cidade chamada Macondo, porém o fio condutor da obra é a solidão que assola a todos nós, seres humanos, desde nosso nascimento até o dia de nossa morte.


Árvore Genealógica da Família Buendía


Este livro costuma despertar a paixão de muitas pessoas, porém sua leitura exige uma atenção plena do leitor, pois o volume de informações é imenso e a repetição dos nomes José Arcadio e Aureliano na maioria dos personagens masculinos pode causar uma certa confusão. Os capítulos são bastante longos, o que também requer concentração e disciplina. 


No romance, o tempo é percebido como cíclico, não exatamente linear, e é por isso que os nomes José Arcadio e Aureliano se repetem tanto. O destino dos personagens é propositalmente repetitivo, como se um nome predestinasse o sujeito a ter uma certa sina, um futuro pré-determinado. Podemos notar que todos os José Arcadio são bastante impulsivos, energéticos, voluntariosos, extrovertidos e trabalhadores. Já os Aurelianos são criaturas pacatas, introvertidas, introspecctivas e estudiosas.


Melquíades y sus Pergaminos, de Carlos Ferreyra.

 
O personagem que mais me agradou foi Melquíades, o cigano, pois ele é um elemento que traz novidades e mudanças à vida enfadonha de Macondo. Além disso, seus pergaminhos foram o elemento essencial da trama e explicam muita coisa no final da história. 


Veja a resenha em vídeo: 



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