sexta-feira, 25 de agosto de 2023

Voltando às Origens: Reativando o BLOG!

Escrevi aqui neste blog durante alguns anos da minha juventude. Fiz amigos e até consegui conquistar meu marido através do meu texto! (sim, juro que é verdade! Meu marido era leitor assíduo das minhas mal escritas linhas). Passei anos aqui nesta plataforma e, depois que meu canal no YouTube engrenou, parei de redigir. Ultimamente, tenho sentido vontade de voltar pra cá. Por quê? Porque a escrita me permite uma expressão que minha fala censura. Consigo pensar melhor quando estou escrevendo. E, sobretudo: amo as letras, hoje e sempre!
Terminei ontem de ler a biografia do Paulo Coelho, cujo título é "O MAGO - A incrível história de Paulo Coelho". Fiquei muito impressionada com a façanha que nosso mais famoso escritor fez. Que inteligência! Como podem os brasileiros criticá-lo tanto, e tão injustamente? Sei lá, de alguma forma a obsessão dele por se tornar um escritor de sucesso, por realizar sua Verdadeira Vontade, me (re)despertou a minha própria vontade de escrever. Eu também já quis, outrora, ser uma escritora. Quis criar e controlar a vida de diversos personagens, mandando em seus destinos. Já desejei, do meu jeito, levar uma palavra de conforto e esperança para as pessoas por aí. Sim, eu faço isso através dos meus canais do YouTube, mas escrever é diferente. É outra energia, outra vibração. Indubitavelmente, tem algo de místico no processo da escrita. 
Vou voltar a postar aqui. Reflexões, frases soltas, bobagens óbvias e outras evidências escondidas nas entrelinhas da vida. Hoje fui lendo aqui as postagens anteriores e rindo, me lembrando do meu "Eu" de anos atrás. Gosto disso. Gosto de estar aqui, no meio das letrinhas. Me sinto segura. 
Até o próximo post! Se cuida!;

segunda-feira, 11 de julho de 2016

Qual é o problema da INGRATIDÃO?

Atualmente, está muito na moda a palavra GRATIDÃO. Diversas filosofias orientais têm discorrido a respeito dos benefícios de sermos gratos às coisas e pessoas que passam por nossas vidas, sejam elas boas ou ruins. Concordo que devemos ser gratos e agradecer a tudo aquilo que nos acontece, pois mesmo os eventos vistos como "negativos" trazem consigo suas lições e oportunidades de aprendizado.
Porém, qual é o problema em ser ingrato? Algo de ruim pode nos acontecer caso nos esqueçamos de agradecer?



Pensando nessa questão por uma abordagem mais cognitiva, o fato de agradecer às coisas muda nosso foco, fazendo com que uma grande tragédia ou dificuldade seja vista de maneira mais tranquila. Se acontece algo de grave comigo, ajusto o meu foco de interpretação para algo mais fortalecedor, não me deixando levar pela depressão, pelo rancor ou pela revolta. Vendo os eventos de maneira mais otimista, mas sem distorcer a realidade, consigo reunir meus recursos internos para dar a volta por cima.

E quando escolho interpretar tudo da pior maneira possível? Quando decido ver tudo de maneira negativa, sempre colocando meu foco naquilo que está ruim, naquilo que está faltando? O que posso esperar?
É evidente que me sentirei péssima, revoltada, desgostosa, sempre achando que a vida é injusta comigo. Quando decido focar no pior, não posso esperar sentir paz, alegria ou tranquilidade. É lógico que estarei programando a minha mente para me sentir absolutamente miserável, numa postura vitimista e rancorosa.

A Terapia Cognitivo-Comportamental diz que a Depressão possui um tripé básico. A pessoa deprimida:
1) Vê a si mesma com uma visão extremamente negativa: sente culpa, rancor, desprezo e aversão por quem é;
2) Vê o mundo e as outras pessoas como algo horrível, perigoso e indigno de confiança;
3) Não acredita que o futuro possa ser positivo ou feliz.
Pronto! Temos aí a receita para a Depressão!




E o que a Ingratidão tem a ver com isso?
Se você vê tudo de maneira negativa, não conseguindo relaxar e aproveitar os pequenos momentos de felicidade que ocorrem de vez em quando, certamente se tornará uma pessoa vulnerável à Depressão. Pessoas que não se contentam com o que têm, que sempre colocam um "porém" em qualquer coisa, dificilmente se sentirão plenas e satisfeitas algum dia. Por exemplo: imagine uma pessoa que vai viajar para uma bela praia. No caminho até o local, ela se concentra em tudo de negativo que puder acontecer: o trânsito carregado, o calor dentro do carro, a vontade de fazer xixi, a longa fila do caixa do posto de gasolina, a música ruim que está tocando no rádio, a distância de casa até o litoral e por aí vai. Chegando lá, não consegue relaxar e curtir o lugar. Vai ficar procurando mais defeitos em tudo e em todos. Caso as acomodações sejam satisfatórias e tudo esteja fluindo a contento, nossa personagem vai dar um jeito de arranjar uma briguinha com alguém. Ou seja, sempre vai haver um defeito, uma falha, um problema, algo muito irritante que a pessoa fará QUESTÃO de expressar em voz alta! O indivíduo se torna um rabugento profissional!

Pessoas mais tolerantes à frustração conseguem se concentrar no lado positivo das coisas e situações de maneira mais fácil. Já as pessoas que foram mimadas, que se acham especiais demais para viver como os outros mortais vivem, sempre exigindo que tudo esteja perfeito para que elas se sintam satisfeitas, tenderão a reclamar mais e mais e mais, sempre deixando claro seu descontentamento e desprazer.

O que fazer, então?
Se você se identificou com essa postura negativista, tente agradecer as pequenas coisas que lhe acontecem, por menores que elas sejam. Agradeça ao café saboroso que está à sua frente, agradeça ao fato de ter pernas e braços perfeitos, agradeça a chance de poder tomar banho todos os dias. Resista ao impulso de reclamar, criticar, desmerecer. Tente perceber que a vida não é só feita de prazeres, alegrias, diversões. Fazer as coisas chatas, rotineiras, burocráticas não é nada de mais, é apenas a prova de que você é uma pessoa comum, como todas as outras. Acostume-se a receber um NÃO de vez em quando, isso não é nenhuma tragédia. Agindo assim, você levará a vida com mais leveza e disposição para superar as contrariedades que acontecem para todos nós, seres humanos. Perceba que desenvolver o hábito da Gratidão não é uma bobagem filosófica da moda, mas sim uma estratégia de Inteligência Emocional que pode poupar a você e às pessoas que lhe rodeiam muito sofrimento e diversos desentendimentos!