quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

O Corvo - Edgar Allan Poe (Tradução de Machado de Assis)

Em certo dia, à hora, à hora
Da meia-noite que apavora,
Eu, caindo de sono e exausto de fadiga,
Ao pé de muita lauda antiga,
De uma velha doutrina, agora morta,
Ia pensando, quando ouvi à porta
Do meu quarto um soar devagarinho,
E disse estas palavras tais:
"É alguém que me bate à porta de mansinho;
Há de ser isso e nada mais."

Ah! bem me lembro! bem me lembro!
Era no glacial dezembro;
Cada brasa do lar sobre o chão refletia
A sua última agonia.
Eu, ansioso pelo sol, buscava
Sacar daqueles livros que estudava
Repouso (em vão!) à dor esmagadora
Destas saudades imortais
Pela que ora nos céus anjos chamam Lenora.
E que ninguém chamará mais.

E o rumor triste, vago, brando
Das cortinas ia acordando
Dentro em meu coração um rumor não sabido,
Nunca por ele padecido.
Enfim, por aplacá-lo aqui no peito,
Levantei-me de pronto, e: "Com efeito,
(Disse) é visita amiga e retardada
Que bate a estas horas tais.
É visita que pede à minha porta entrada:
Há de ser isso e nada mais."

Minh'alma então sentiu-se forte;
Não mais vacilo e desta sorte
Falo: "Imploro de vós, — ou senhor ou senhora,
Me desculpeis tanta demora.
Mas como eu, precisando de descanso,
Já cochilava, e tão de manso e manso
Batestes, não fui logo, prestemente,
Certificar-me que aí estais."
Disse; a porta escancaro, acho a noite somente,
Somente a noite, e nada mais.

Com longo olhar escruto a sombra,
Que me amedronta, que me assombra,
E sonho o que nenhum mortal há já sonhado,
Mas o silêncio amplo e calado,
Calado fica; a quietação quieta;
Só tu, palavra única e dileta,
Lenora, tu, como um suspiro escasso,
Da minha triste boca sais;
E o eco, que te ouviu, murmurou-te no espaço;
Foi isso apenas, nada mais.

Entro coa alma incendiada.
Logo depois outra pancada
Soa um pouco mais forte; eu, voltando-me a ela:
"Seguramente, há na janela
Alguma cousa que sussurra. Abramos,
Eia, fora o temor, eia, vejamos
A explicação do caso misterioso
Dessas duas pancadas tais.
Devolvamos a paz ao coração medroso,
Obra do vento e nada mais."

Abro a janela, e de repente,
Vejo tumultuosamente
Um nobre corvo entrar, digno de antigos dias.
Não despendeu em cortesias
Um minuto, um instante. Tinha o aspecto
De um lord ou de uma lady. E pronto e reto,
Movendo no ar as suas negras alas,
Acima voa dos portais,
Trepa, no alto da porta, em um busto de Palas;
Trepado fica, e nada mais.

Diante da ave feia e escura,
Naquela rígida postura,
Com o gesto severo, — o triste pensamento
Sorriu-me ali por um momento,
E eu disse: "O tu que das noturnas plagas
Vens, embora a cabeça nua tragas,
Sem topete, não és ave medrosa,
Dize os teus nomes senhoriais;
Como te chamas tu na grande noite umbrosa?"
E o corvo disse: "Nunca mais".

Vendo que o pássaro entendia
A pergunta que lhe eu fazia,
Fico atônito, embora a resposta que dera
Dificilmente lha entendera.
Na verdade, jamais homem há visto
Cousa na terra semelhante a isto:
Uma ave negra, friamente posta
Num busto, acima dos portais,
Ouvir uma pergunta e dizer em resposta
Que este é seu nome: "Nunca mais".

No entanto, o corvo solitário
Não teve outro vocabulário,
Como se essa palavra escassa que ali disse
Toda a sua alma resumisse.
Nenhuma outra proferiu, nenhuma,
Não chegou a mexer uma só pluma,
Até que eu murmurei: "Perdi outrora
Tantos amigos tão leais!
Perderei também este em regressando a aurora."
E o corvo disse: "Nunca mais!"

Estremeço. A resposta ouvida
É tão exata! é tão cabida!
"Certamente, digo eu, essa é toda a ciência
Que ele trouxe da convivência
De algum mestre infeliz e acabrunhado
Que o implacável destino há castigado
Tão tenaz, tão sem pausa, nem fadiga,
Que dos seus cantos usuais
Só lhe ficou, na amarga e última cantiga,
Esse estribilho: "Nunca mais".

Segunda vez, nesse momento,
Sorriu-me o triste pensamento;
Vou sentar-me defronte ao corvo magro e rudo;
E mergulhando no veludo
Da poltrona que eu mesmo ali trouxera
Achar procuro a lúgubre quimera,
A alma, o sentido, o pávido segredo
Daquelas sílabas fatais,
Entender o que quis dizer a ave do medo
Grasnando a frase: "Nunca mais".

Assim posto, devaneando,
Meditando, conjeturando,
Não lhe falava mais; mas, se lhe não falava,
Sentia o olhar que me abrasava.
Conjeturando fui, tranqüilo a gosto,
Com a cabeça no macio encosto
Onde os raios da lâmpada caíam,
Onde as tranças angelicais
De outra cabeça outrora ali se desparziam,
E agora não se esparzem mais.

Supus então que o ar, mais denso,
Todo se enchia de um incenso,
Obra de serafins que, pelo chão roçando
Do quarto, estavam meneando
Um ligeiro turíbulo invisível;
E eu exclamei então: "Um Deus sensível
Manda repouso à dor que te devora
Destas saudades imortais.
Eia, esquece, eia, olvida essa extinta Lenora."
E o corvo disse: "Nunca mais".

“Profeta, ou o que quer que sejas!
Ave ou demônio que negrejas!
Profeta sempre, escuta: Ou venhas tu do inferno
Onde reside o mal eterno,
Ou simplesmente náufrago escapado
Venhas do temporal que te há lançado
Nesta casa onde o Horror, o Horror profundo
Tem os seus lares triunfais,
Dize-me: existe acaso um bálsamo no mundo?"
E o corvo disse: "Nunca mais".

“Profeta, ou o que quer que sejas!
Ave ou demônio que negrejas!
Profeta sempre, escuta, atende, escuta, atende!
Por esse céu que além se estende,
Pelo Deus que ambos adoramos, fala,
Dize a esta alma se é dado inda escutá-la
No éden celeste a virgem que ela chora
Nestes retiros sepulcrais,
Essa que ora nos céus anjos chamam Lenora!”
E o corvo disse: "Nunca mais."

“Ave ou demônio que negrejas!
Profeta, ou o que quer que sejas!
Cessa, ai, cessa! clamei, levantando-me, cessa!
Regressa ao temporal, regressa
À tua noite, deixa-me comigo.
Vai-te, não fique no meu casto abrigo
Pluma que lembre essa mentira tua.
Tira-me ao peito essas fatais
Garras que abrindo vão a minha dor já crua."
E o corvo disse: "Nunca mais".

E o corvo aí fica; ei-lo trepado
No branco mármore lavrado
Da antiga Palas; ei-lo imutável, ferrenho.
Parece, ao ver-lhe o duro cenho,
Um demônio sonhando. A luz caída
Do lampião sobre a ave aborrecida
No chão espraia a triste sombra; e, fora
Daquelas linhas funerais
Que flutuam no chão, a minha alma que chora
Não sai mais, nunca, nunca mais!
(Edgar Allan Poe - Tradução para o Português: Machado de Assis)



terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Testei: Ampola Reconstrutora Complete Repair - Amend

Nesta semana testei a ampola reconstrutora Complete Repair, da Amend. Trata-se de uma ampola que promete reconstruir os cabelos e neutralizar os seus danos em apenas 1 minuto. Será que isso é possível?






Descrição do Fabricante: 
Reconstrói o interior da fibra profundamente e forma um escudo de proteção, retém os nutrientes essenciais para manter a saúde e resistência dos fios. Contém ativos Bio-Amino Reconstrutores, que age na reestruturação de dentro para fora do fio - repondo a massa perdida, proporciona reconstrução total aos cabelos e aumenta a resistência dos fios à quebra.

Usei da seguinte forma: 
Lavei os cabelos com um shampoo transparente (Shampoo Johnson's). Não repeti a operação, pois lavo os cabelos todos os dias e meu couro cabeludo estava devidamente limpo. Apliquei o metade do conteúdo da ampola, massageando mecha a mecha. É claro que esse processo demorou mais de um minuto, então fiquei com o produto no cabelo por pelo menos uns 5 minutos. Enxaguei normalmente. 

Resultado:
Por incrível que pareça, meu cabelo ficou ótimo! Solto, desembaraçado, macio e com aparência de hidratado. Na verdade, o resultado foi bom, mas não podemos afirmar que a ampola reconstrói o cabelo, né? Sigo meu cronograma capilar com esmero, uso bons produtos e faço reconstruções semanais com Glicopan Pet e várias máscaras excelentes. Sendo assim, meu cabelo já está bem recuperado, não se trata de um cabelo destruído. Será que o resultado em um cabelo detonado seria bom?
Uma coisa que me incomodou foi o cheiro. É um cheiro de perfume feminino beeeem forte, a sorte é que ele não fixa nada no cabelo. Quando abri a ampola e apliquei o produto, já sofri por antecedência imaginando que ficaria com uma dor de cabeça daquelas. Felizmente, o odor é quase nulo depois que a máscara é retirada.
Tem também a questão da parafina. Li algumas resenhas onde algumas meninas questionavam a fórmula desta máscara, uma vez que um dos seus principais princípios ativos é a parafina líquida. É sabido que o resultado desse ativo é criar uma aparência de cabelo nutrido, mas sem grandes alterações reais. É como se fosse uma espécie de "maquiagem". De fato, o cabelo fica com uma excelente aparência, mas será que os fios foram tratados mesmo? Veja bem, não quero bancar A CHATA, mas quando um produto contém uma grande concentração de parafina, fica difícil saber se o cabelo foi tratado de fato ou apenas "maquiado".

Nota (de 0 a 10): 8,0.

Paguei pela ampola R$ 10,90 na Drogaria São Paulo, em Vinhedo. Consegui usá-la duas vezes. O produto é consistente e espalha fácil no cabelo.



segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Aconteceu: Grace Darling

Sempre é muito interessante analisar os motivos que levam uma pessoa a colocar a própria vida em risco para salvar a vida de pessoas desconhecidas. Seria Fé? Vaidade? Loucura? Altruísmo? Religião? Uma força desconhecida? Amor? A causa poderá ser sempre um mistério, mas um mistério de beleza e poesia. 

Grace Darling nasceu em 24 de novembro de 1815 na casa de campo de seu avô em Bamburgh (uma aldeia na Inglaterra). Ela era a sétima de nove filhos (quatro irmãos e quatro irmãs) de William e Thomasin Darling.

Na manhã de 07 de setembro de 1838, Darling, olhando de uma janela do andar superior do farol de Longstone, avistou os destroços e sobreviventes do Forfarshire em Big Harcar, uma ilha rochosa. O Forfarshire (um navio sem velas movido à vapor) tinha naufragado nas rochas e partido ao meio. Uma das metades tinha afundado durante a noite. Eram 62 passageiros num navio à deriva.


Farol em Longstone.

Ela e seu pai William utilizaram um barco a remo de 21 pés de comprimento (aproximadamente 6,40 m) remando sob forte tempestade e ondas com mais de 3 metros de altura. A distância de cerca de uma milha (aproximadamente 1610 metros) foi bravamente percorrida pois, caso o bote virasse, a morte era certa. 

Grace Darling retratada por J W Carmichael

Grace manteve o barco estável na água, numa distância segura das rochas, para que seu pai pudesse ingressar na ilha com uma corda e ajudar quatro homens e uma única mulher sobrevivente, a senhora Dawson, que perdera suas duas crianças para o frio e a tempestade. Seu pai William, com ajuda de três dos homens resgatados, retornaram ao local com o bote e salvaram mais quatro sobreviventes, num total de 9.

Homenageada até mesmo pela Rainha Victoria (Alexandrina Victoria; 24 de maio de 1819 – 22 Janeiro 1901), Grace figura como heroína nacional, sendo foco de uma corrente de livros, pinturas, poemas, canções e lembranças.

Grace morreu em 20 de outubro de 1842, com a idade de 26 e foi enterrada no Bamburgh. A provável causa da morte foi registrada como sendo tuberculose.


Você poderá obter links e mais informações na página do Wikipedia.

Como a maior parte do material é encontrado somente em inglês, uma boa dica para ficar mais rapidamente por dentro desta incrível e emocionante história, é a leitura do pequeno livro  Grace Darling (com inglês facilitado) do site English-e-books




quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Dica de Filme: Love, Marilyn

Para quem é fã da diva das divas, a inesquecível Marilyn Monroe, um documentário bacana é o Love, Marilyn, lançado em 2012. O filme não é apenas mais um dos inúmeros recortes biográficos da vida da grande estrela, mas também conta com a leitura de muitos de seus textos, mostrando que Marilyn era muito mais do que uma figura infantilizada e tola.




Leia a sinopse:

50 anos após sua morte, duas caixas com documentos, diários, poemas e cartas escritas por Marilyn Monroe foram encontradas. As anotações pessoais desta icônica diva do cinema mostra um novo lado da atriz, perseverante e estudiosa, que tornou-se prisioneira da própria personagem que criou. Conta com depoimentos e leituras de grandes nomes de Hollywood. 

Eu já havia lido alguns desses textos "perdidos" de Marilyn no livro Fragmentos, que, aliás, é bem legal. No documentário, esses pequenos trechos são lidos e interpretados por atores e atrizes famosos, dentre eles a consagrada Glenn Close e a talentosa Uma Thurman. Apesar de o filme ficar um pouco lento às vezes, achei bastante interessante. Podemos saber muito sobre a vida interna de uma pessoa através da leitura atenta de sua produção escrita, isso é fato. Marilyn demonstra ser uma alma altamente sensível, dedicada e focada em seus objetivos, que eram, dentre muitos, adquirir o máximo possível de cultura e se tornar uma atriz altamente capacitada. Ela queria provar que seu talento era maior que seu personagem estereotipado de loira linda, burra e sensual.




Um trecho que me comoveu bastante foi quando a grande estrela se separou do escritor Arthur Miller. É nítido o sofrimento da atriz em relação a isso, a dor transborda em suas palavras e até mesmo em sua postura corporal. Sua personalidade insegura chegou ao ápice do desequilíbrio, mas mesmo assim seu trabalho no filme Os Desajustados (veja a resenha aqui) foi impecável. 

Gostei bastante do documentário, acho que vale a pena assistir!


sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Cabelos - Um pouco de história

Os tratamentos para a beleza do cabelo fizeram uma longa viagem no tempo, antes que chegássemos ao estudo do fio propriamente dito há registros da existência de espaços para o embelezamento das melenas ainda na Grécia Antiga. Seriam, digamos, os primeiros salões de cabeleireiro de que se tem notícia. Eram os koureia, prova de que a preocupação grega com a estética era muito mais integrada do que se pode imaginar.
Na época, ofertar as madeixas aos deuses era o maior presente que se podia apresentar. Berenice, por exemplo, cortou seus cabelos e os ofertou em sacrifício a Afrodite, para que seu marido Ptolomeu voltasse ileso da guerra. A própria Afrodite cobria sua nudez com as longas madeixas. Vênus, deusa do amor, era conhecida pelo cheiro de ambrosia que seus cabelos exalavam. Diana, a deusa da caça, entregava sua cabeleira loura aos cuidados das ninfas. Sócrates era calvo e explicava a falta de cabelos com uma tirada filosófica - como seria de se esperar: "Mato não cresce em ruas ativas."
Mas os gregos não foram os únicos povos da Antiguidade a colecionar histórias sobre cuidados e embelezamento dos cabelos. No Egito Antigo os faraós usavam perucas como forma de distinção social. Papiros egípcios com mais de 4 mil anos já faziam referência à anatomia do couro cabeludo e a fórmulas de tratamento para a calvície. Cleópatra receitava para seu amado Júlio César, que era calvo, uma fórmula caseira com rato doméstico, dente de cavalo, gordura de urso e medula de veado. Diziam que o segredo do encanto de Nefertite estava no brilho das suas negras madeixas, banhadas em óleos aromáticos e perfumes.
Em Roma, mulheres tingiam seus cabelos com sabão amarelo ou usavam perucas feitas dos cabelos louros dos prisioneiros bárbaros. Na Idade Média, as imposições religiosas levavam as mulheres a cobrir completamente os cabelos. O abrigo mais simples era constituído por uma peça de linho caída sobre os ombros ou abaixo deles. Os véus de noiva e as mantilhas das espanholas são derivações do costume desse tempo. No fim da Idade Média, os cabelos eram penteados para trás, escondidos, e, se crescessem na testa, eram raspados, para que o chapéu fosse a atração principal, veja só. 





Na França de Luís XIV, a tendência era usar cabelos compridos e em longos cachos. O modismo foi logo imitado pelos cortesãos, que começaram a usar perucas de cabelos naturais. Foi nessa época que um cabeleireiro com especial senso de oportunidade imaginou eriçar o cabelo das perucas, enrolando-o molhado em pauzinhos cilíndricos e levando para secar nos fornos das padarias. Essa técnica antiga ainda é praticada com algumas variações nas fábricas de perucas e postiços, com o nome de croquignole ou frisure forceé.
Na corte de Versalhes, as perucas também foram um marco, principalmente com a coleção de Madame Pompadour. Depois de penteá-las, ela costumava vaporizá-las com pós de diversas cores, como azul, rosa, branco ou qualquer outra. Na corte inglesa, durante a dinastia Tudor, a Rainha Elizabeth I costumava realçar os reflexos de seus cabelos com a casca de nogueira e os penteava formando vários aneis estilizados.
No mundo muçulmano não ocidental e tradicional, os cabelos eram cobertos por véus ou lenços - o que persiste até hoje. Revendo religiões e mitologias, percebe-se que não existe um deus sem cabelos. Antes de Cristo, Buda teve suas expressão máxima quando renunciou aos bens materiais e cortou seus cabelos. 
Entre mitos, folclores e lendas, duas certamente pertencem ao imaginário capilar da humanidade: a de Sansão, que perdeu a força e ficou à mercê dos filisteus depois que sua amada Dalila cortou sua cabeleira; e a de uma das personagens dos irmãos Grimm, conhecida como Rapunzel, que tinha tranças fortes e tão compridas que serviam de acesso à sua torre no castelo.
(Cabelo: Cuidados básicos, técnicas de corte, coloração e embelezamento - Sonia Biondo/Bruno Donati) - Veja a resenha desse livro aqui.



quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Testei: Ampola Hidro-Cauterização - PANTENE

Quem me conhece sabe que sou a Louca das Ampolas. Adoro testar produtos de beleza, especialmente produtos para cabelo e maquiagem. Não há uma semana na minha vida em que eu não esteja testando algo, por isso vivo passando uma ou outra coisa nos cabelos para ver o que acontece! rs
De todas as ampolinhas de farmácia que já testei, com certeza a campeã é a ampola da linha Hidro-Cauterização, da Pantene. Ela é realmente muito muito muito boa!





Com efeito cauterização em frio, hidrata e ajuda a selar a cutícula instantaneamente.


Usei da seguinte forma:
Apliquei um shampoo transparente (Shampoo Johnson's) para limpar bem o couro cabeludo, depois o Shampoo da linha Hidratação Reparadora, da Natura. Em seguida, usei o condicionador da mesma linha. Então, apliquei o conteúdo da ampolinha da Pantene, enluvando os cabelos com cuidado. Deixei uns 5 minutos e enxaguei. 


Resultado: O resultado foi excelente! Assim que apliquei o produto, meus cabelos ficaram mega macios e desembaraçaram na hora. O cheirinho é ótimo, gostei bastante. E deixei meus cabelos secarem ao ar livre, ou seja, não usei o secador. Fiquei de queixo caído ao perceber que fiquei com a cabeleira hidratada, macia, cheirosa e sem frizz. Produto aprovadíssimo!

Nota (de 0 a 10): 10,0.

Comprei a ampolinha individual por R$ 6,45 na Perfumaria Moça Bonita, no centro de Vinhedo. Uma ampola dá para duas aplicações no meu cabelo (comprimento médio, um pouco abaixo dos ombros).

Dizem por aí que os resultados dessa ampola da Pantene são similares aos do 3 Minute Miracle, da Aussie. Pra ser bem sincera, achei que os produtos se equivalem, sim. Claro que estou falando do resultado no meu cabelo, né? Cada pessoa tem um resultado diferente e a maneira de aplicar os produtos conta bastante, também. De qualquer modo, na embalagem da Aussie temos 236 ml de creme por R$ 39,90, certo? Uma ampolinha da Pantene contém 15 ml. Faça as contas e verás que o 3 Minute Miracle sai bem mais barato, mesmo sendo importado!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Resenha: American Horror Story - COVEN

Para quem gosta de histórias de terror, uma ótima pedida é a 3ª temporada do seriado americano American Horror Story. A temporada, intitulada COVEN, conta a história de um clã de bruxas que luta para escapar da extinção.




Veja a sinopse:

Mais de 300 anos se passaram desde os tempos turbulentos dos julgamentos das bruxas de Salém, e aqueles que conseguiram escapar agora enfrentam a extinção. Têm sido feitos misteriosos ataques contra a sua espécie e as garotas estão sendo enviadas para a Acadêmia para Excepcionais Jovens Garotas da Madame Robichaux, uma instituição localizada em Nova Orleans que acolhe jovens bruxas na tentativa de ajudá-las a controlar seus poderes e desenvolver suas aptidões. A trama se inicia com Zoe Benson (Taissa Farmiga), uma jovem até então comum que descobre de maneira chocante ser uma bruxa quando seu namorado morre em pleno ato sexual. Ela é levada por Myrtle Snow (Frances Conroy) à academia em Nova Orleans. Nesta nova casa, Zoe conhece outras três bruxas: Madison Montgomery (Emma Roberts), uma atriz que foi mandada para controlar seus poderes autodestrutivos, Queenie (Gabourey Sidibe), uma ex-atendente de fast food e Nan (Jamie Brewer), uma jovem que busca ser comum mas é tratada como diferente pelas outras pessoas. Esta academia é dirigida por Cordelia Foxx (Sarah Paulson).

Ao mesmo tempo, a trama resgata duas personagens históricas do passado escravocrata de Nova Orleans: Marie Laveau (Angela Basset), uma conhecida praticante de vodu dos Estados Unidos apelidada de Rainha do Vodu e Delphine LaLaurie (Kathy Bates), uma socialite de Nova Orleans famosa por torturar, mutilar e matar dezenas de escravos em seu porão. Como punição por ter transformado seu namorado em um minotauro, Marie mata a família de LaLaurie e a concede vida eterna para que sofra para sempre dentro de um caixão enterrado em seu quintal. Porém, anos depois, Fiona Goode (Jessica Lange), mãe de Cordelia, retorna para Nova Orleans para proteger sua Supremacia. Ela liberta LaLaurie para descobrir o segredo da vida eterna, rompendo a trégua entre bruxas e praticantes de vodu. Enquanto os dois lados duelam para provar sua superioridade, os membros do Delphi Trust - uma organização secreta de caçadores - planejam acabar com todas as bruxas da América.





Eu adorei essa temporada! Apesar de continuar achando a 2ª temporada da série (Asylum)  a melhor de todas, Coven teve um enredo coeso e interessante. Sempre gostei muito de filmes e seriados de horror, e achei que as cenas de suspense foram muito boas. Fiquei tão curiosa para saber o desfecho da trama que assisti aos 13 episódios em menos de uma semana! rs





É claro que a atuação de Jessica Lange, no papel da Suprema Fiona, foi fantástico. Ela é mesmo uma mega atriz, daquelas que se encaixam em qualquer tipo de papel. Sua cena final com Cordelia, sua filha, foi bastante comovente, até senti um pouquinho de dó da personagem (embora ela não mereça!!) hahahaha




Muito legal, mesmo! Super indico!
E para quem gosta de histórias de vodu, um ótimo filme é A Chave Mestra. É de arrepiar!
Filmes de terror = Amor Eterno! <3

sábado, 12 de dezembro de 2015

Máscara Super Hidratante DREAM CREAM - Lola Cosmetics

Há uns dois meses venho testando a DREAM CREAM, uma máscara super hidratante da Lola Cosmetics:






Realmente, estou muito satisfeita com os resultados. A máscara é bastante potente, deixa os cabelos bastante hidratados e tem um cheirinho maravilhoso que lembra chiclete de tutti-frutti.


Descrição do Fabricante: Máscara Super Hidratante Dream Cream, da Lola Cosmetics, para cabelos com grandes problemas (e para aqueles que não querem ter problemas). Tratamento intensivo de condicionamento e hidratação. Tinturas, Chapinhas, Sol, Mar, Cloro. É guerra! Escolha suas armas: Frutas, óleos e manteigas vegetais. Dream Cream cheira como um pomar exótico e luxuriante após penetrar nos seus cabelos hidratando intensamente com vitaminas, proteínas, óleo de argan e manteiga de abacate. Lola criou Dream Cream para cabelos secos e rebeldes que precisam de calmaria, mas não se inquiete se você tem cabelos lisos e comportados. Indicado para cabelos muito danificados, pois restaura os fios instantaneamente proporcionando hidratação profunda, prolongada e intensa. Trata o cabelo de forma profunda e restaura até as partes mais danificadas dos fios.

Resultado: O resultado foi ótimo! Meus cabelos ficaram com uma excelente aparência e até as pontas detonadas pela progressiva malsucedida que fiz ficaram macias (Estou no meio de uma transição capilar, ainda tenho um palmo de progressiva nas pontas!). O frizz ficou sob controle e o volume, bem reduzido.

Nota (de 0 a 10): 9,5.

Comprei o pote pequeno, com 150g de produto, por R$ 28,00 na Sumirê de Guarulhos. É uma máscara que rende bastante, consegui fazer mais de 10 aplicações ao longo das últimas semanas.

Uma outra opção que testei e aprovei: batizar o Dream Cream com 10ml de queratina líquida da Acquaflora. O resultado foi fantástico! Apliquei a mistura nos cabelos como de costume, deixei de 20 a 30 minutos nos cabelos e enxaguei. Muito bom! :)





domingo, 6 de dezembro de 2015

Bicho-de-pé




O bicho-de-pé, ou brigadeiro de morango, é super fácil de fazer. Veja a receita:

Você vai precisar de:

- 1 lata de leite condensado;
- 1 caixinha de gelatina de morango;
- 1 colher (sopa) de margarina sem sal.

Junte os ingredientes em uma panela. Cozinhe até dar ponto, como se faz com brigadeiro. Enrole em bolinhas e passe no açúcar cristal.

Bom apetite! :)

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

As emoções básicas do ser humano


Em nosso repertório emocional, cada emoção desempenha uma função única, como revelam suas distintas assinaturas biológicas. Com novos métodos para perscrutar o corpo e o cérebro, os pesquisadores estão descobrindo mais detalhes fisiológicos de como cada emoção prepara o corpo para um tipo de resposta muito diferente: 

- Na raiva, o sangue flui para as mãos, tornando mais fácil pegar uma arma ou golpear um inimigo; os batimentos cardíacos aceleram-se, e uma onda de hormônios como a adrenalina gera uma pulsação, energia suficientemente forte para uma ação vigorosa.
- No medo, o sangue vai para os músculos do esqueleto, como os das pernas, tornando mais fácil fugir e faz o rosto ficar lívido, uma vez que o sangue é desviado dele (criando a sensação de que "gela"). Ao mesmo tempo, o corpo imobiliza-se, ainda que por um momento, talvez dando tempo para avaliar se se esconder não seria uma melhor reação. Circuitos nos centros emocionais do cérebro disparam a torrente de hormônios que põe o corpo em alerta geral, tornando-o inquieto e pronto para agir, e a atenção se fixa na ameaça imediata, para melhor calcular a resposta a dar.
- Entre as principais mudanças biológicas na felicidade está uma maior atividade no centro cerebral que inibe os sentimentos negativos e favorece o aumento da energia existente, e silencia aqueles que geram pensamentos de preocupação. Mas não ocorre nenhuma mudança particular na fisiologia, a não ser uma tranquilidade,que faz o corpo recuperar-se mais depressa do estímulo de emoções perturbadoras. Essa configuração oferece ao corpo um repouso geral, assim como disposição e entusiasmo para qualquer tarefa imediata e para marchar rumo a uma grande variedade de metas.
- Amor, sentimentos afetuosos e satisfação sexual implicam estimulação parassimpática - o oposto fisiológico da mobilização para ''lutar-ou-fugir" partilhada pelo medo e a ira. O padrão parassimpático, chamado de "resposta de relaxamento” é um conjunto de reações em todo o corpo que gera um estado geral de calma e satisfação, facilitando a cooperação.
- O erguer das sobrancelhas na surpresa permite a adoção de uma varredura visual mais ampla, e também maior quantidade de luz a atingir a retina. Isso oferece mais informação sobre o fato inesperado, tornando mais fácil perceber exatamente o que está acontecendo e conceber o melhor plano de ação.
- Em todo o mundo, a expressão de repugnância parece a mesma e envia idêntica mensagem: alguma coisa desagrada ao gosto ou ao olfato, real ou metaforicamente. A expressão facial de nojo - o lábio superior se retorce para o lado, e o nariz se enruga ligeiramente - sugere uma tentativa primordial, como observou Darwin, de tapar as narinas contra um odor nocivo ou cuspir fora uma comida estragada.
- Uma das principais funções da tristeza é ajudar a ajustar-se a uma perda significativa, como a morte de alguém ou uma decepção importante. A tristeza traz uma queda de energia e entusiasmo pelas atividades da vida, em particular, diversões e prazeres e, quando se aprofunda e se aproxima da depressão, reduz a velocidade metabólica do corpo. Esse retraimento introspectivo cria a oportunidade para lamentar uma perda ou uma esperança frustrada, captar suas consequências para a vida e, quando a energia retorna, planejar novos começos. Essa perda de energia bem pode ter mantido os seres humanos entristecidos dos e vulneráveis - perto de casa, onde estavam em maior segurança.
(Daniel Goleman - Inteligência Emocional)








Testei: Ampola Capilar Rejuvenescedor 3D Phytoervas - DNA de Maçã

Recentemente testei a Ampola Capilar Rejuvenescedor 3D - DNA de Maçã, da Phytoervas:



Usei da seguinte forma:
Lavei os cabelos com um shampoo de hidratação, retirei o excesso de água e em seguida apliquei a máscara, mecha a mecha, conforme as instruções apresentadas no rótulo. Diferentemente das outras ampolas, esta deve ser aplicada no couro cabeludo também, pois sua função é tratar todo o comprimento dos cabelos, incluindo a raiz. Deixei agir por aproximadamente 5 minutos e retirei o produto.

Minha impressão foi muito boa! :)
Logo que apliquei o produto nos cabelos, senti que eles ficaram super hidratados e maleáveis. Tive uma sensação ótima de maciez. Quando enxaguei, percebi que os fios estavam completamente desembaraçados. Gostei bastante!

Descrição do Fabricante: Na nova linha de Phytoervas temos a opção de aplicar as ampolas, um tratamento instantâneo, de 3 minutos. Devem ser usadas no lugar da máscara.
Para trazer de volta a beleza e juventude dos seus cabelos, a Phytoervas traz em sua formula o DNA da maçã que age diretamente no couro cabeludo, ajudando a manter seu poder de regeneração, combatendo assim o envelhecimento cronológico e tornando os cabelos mais fortes e resistentes.
Tratamento cosmético do couro cabeludo, raiz, fios e pontas.
Força e reposição de massa capilar.

Resultado: O resultado foi bastante satisfatório. Achei que meu cabelo ficou bem hidratado, macio, desembaraçado e com pouco frizz. Não gostei muito do cheirinho (de maçã), me lembrou um pouco o odor de detergente de lavar louças, mas isso é muito subjetivo, né? Com certeza outras pessoas vão gostar do cheiro.

Nota (de 0 a 10): 8,5.

O preço médio dessa ampola é R$ 7,00. Comprei a minha no Carrefour Bairro, em Vinhedo. Quero testar também a ampola de Macadâmia - Reposição de Queratina, da mesma marca.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

Resenha: MAKE-UP MASTERCLASS (Jemma Kidd)

Quando o assunto é Maquiagem, um dos livros que mais amo no mundo é o livro da Jemma Kidd, o Make-up Masterclass:


Sem sombra de dúvidas, é um dos mais completos compêndios sobre o assunto que já vi. Além de ter explicações detalhadas sobre técnicas, truques e diferentes tipos de maquiagens, o livro traz fotos lindíssimas, super artísticas. Muito legal mesmo!


Você aprenderá sobre os diversos tons de pele e as indicações de cores que harmonizam com os mesmos. Também terá orientações sobre os principais instrumentos de maquiagem e aulas práticas ensinando como esfumar, como fazer contornos, como delinear, enfim, tudo o que é necessário para produzir um look discreto, natural e elegante. 


Os diferentes tons de pele

Tons de pele e suas melhores combinações de cores

Instrumentos de trabalho

Os diversos formatos de olhos

Como delinear

Como contornar corretamente os lábios

No final, existem vários looks explicados passo a passo, desde o mais simples até o mais elaborado. Muito bacana!


Realmente, esse é um livro que vale a pena ter. Comprei na promoção na Saraiva do Shopping Center Norte por R$ 59,90.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Panquecas




Você vai precisar de:
- 1 1/2 xícara (chá) de farinha de trigo;
- 1 xícara (chá) de leite;
- 2 ovos;
- 4 colheres (sopa) de óleo;
- 1/2 colher (chá) de sal para panquecas salgadas; 1/2 colher (chá) de açúcar para panquecas doces.

Bata os ingredientes no liquidificador. Em uma frigideira pequena, coloque um fio de óleo e espalhe. Meça com uma concha de feijão a quantidade de massa a ser preparada. Despeje a massa na frigideira, gire a mesma para que a massa se espalhe e espere soltar as bordas. Vire a panqueca e espere dourar do outro lado também.

Para o recheio, você pode escolher dentre diversas opções: carne moída com azeitonas e queijo (como fiz na foto), presunto e queijo, queijo somente, calabresa com queijo, ricota com ervas, enfim, uma infinidade de sabores! 
Para a cobertura, use molho vermelho ou molho branco, com ou sem queijo parmesão ralado.
Bom apetite! :)