quarta-feira, 27 de abril de 2011

Resenha: Sex and The City 2


Há algum tempo fui ao cinema assistir ao filme Sex and The City 2. Apesar dos infernais adolescentes tendo ataques histéricos toda vez que a palavra sexo era mencionada, deu pra assistir. (Também, bem feito, quem mandou ir ao cinema no sábado à tarde? Claro que estaria lotado!)




Eu sou uma fã ardorosa da série, já assisti a TODOS os episódios. Sim, todos mesmo, pois há uns anos aluguei todas as temporadas, uma por uma, e assisti até o final. Sinceramente acho que Carrie deveria ter ficado com o Aidan, que é mil vezes mais lindo, forte, doce e amável do que o chato do Mr. Big, mas fazer o quê? Não sou eu a roteirista, hehehe... Tenho que me conformar, então. Assisti ao primeiro filme, achei mais ou menos, e agora esse segundo foi bonzinho... Sei lá, pra começar achei muito longo, e depois percebi que Carrie estava mais chata depois do tão sonhado casamento, infernizando o marido porque ele queria ver tv. Enfim... Achei tudo meio devagar, no seriado os diálogos eram mais inteligentes, mais sagazes e mais espirituosos. Até Samantha, a mais engraçada de todas, estava boring com a história da menopausa...

Bem, deve ser coisa de fã. Prefiro mil vezes o seriado, e acho que Miranda apareceu pouco. Ah, talvez seja implicância minha, vai saber. Mas é um filme legal, dá para relaxar e dar umas risadas assistindo. E claro: assista com suas amigas. O enredo é essencialmente feminino, não vai chamar o coitado do bofe pra ver com você!

Tem gente que acha que Sex and The City é um seriado idiota que só fala de sexo. Não é nada disso! Cada episódio discute questões muito relevantes no mundo de hoje, onde a mulher tem que ser perfeita,  mas parecer frágil, tem que ser linda, sem parecer burra, tem que dar conta de mil afazeres ao mesmo tempo e ainda estar com um lindo sorriso na cara em qualquer situação. É uma série bastante reflexiva, e é claro que tem suas cenas picantes e humorísticas também. Além disso, é recheada de gírias e expressões idiomáticas incríveis (pra quem curte estudar inglês). Ampliei grandemente meu repertório de slangs assitindo às aventuras de Carrie, Miranda, Samantha e Charlotte.

Sem a menor sombra de dúvida, a melhor cena do filme é quando Liza Minelli canta o hit de Beyoncé  "Single Ladies", com coreografia e tudo, no casamento gay de Stanford e Anthony. Excelente!!


quarta-feira, 20 de abril de 2011

Resenha: Nunca fui santa


Hoje vou falar sobre mais um clássico do cinema. O filme Nunca fui santa, (Bus Stop, 1956), com Marilyn Monroe, conta a história de Bo (Don Murray), um cowboy grosseirão e inocente, que vai disputar um rodeio longe de casa e conhece Cherie (Marilyn Monroe), uma sedutora cantora de Saloon. Ao ver a loira estonteante no palco, Bo se apaixona perdidamente e decide naquele instante que vai se casar com Cherie, sem ao menos questionar seu passado e seu emprego atual. A moça recusa o convite e foge para o Arizona, mas Bo a persegue e a força a embarcar no mesmo ônibus que ele, levando-a para seu rancho. Devido a uma tempestade de neve, o ônibus para em uma parada de ônibus e ali acontece o desfecho da trama.




Segundo a crítica, foi nesse filme que Marilyn provou ser uma atriz talentosa e capaz de interpretar um papel dramático, que fugia um pouco do estereótipo "loira burra" dos filmes anteriores. A crítica também não poupou elogios a Don Murray, o cowboy bronco cuja obsessão era conquistar a estonteante Cherie.





Este filme é uma ótima dica para os amantes do cinema clássico. Vale MUITO a pena assistir!



sábado, 2 de abril de 2011

Como poderei saber quando atender os outros e quando dizer "não"?

"Em primeiro lugar, certifique-se de que o outro precisa da sua ajuda. Não faça suposições e não ofereça ajuda quando é você quem precisa dela. O tiro pode sair pela culatra. Evite a necessidade de ser necessário. Essa é outra armadilha na qual podemos cair facilmente. Tenha certeza de que sua oferta - tempo, energia, serviços, sacrifício - é gratuita, que não há outros motivos por trás dela. Se lhe pedirem ajuda quando você não quiser, mas achar que deve dar, certifique-se de que é temporária. Assim, saberá exatamente a dimensão do problema e o momento certo de parar. Se não puder, não faça. Se perceber que se envolver numa situação que exige muito de você, que pode lhe provocar mágoa ou raiva, pare. É melhor não ajudar se isso vai prejudicá-lo. Não há lei que proíba a interrupção da ajuda quando ela se torna desnecessária ou onerosa. Cuidado com as pessoas que esperam eterna generosidade de sua parte. Elas não têm autoestima e podem fazê-lo perder a sua.

A história seguinte é um exemplo claro do perigo da doação exagerada.

Numa floresta mora um pântano que está sempre deprimido, triste e infeliz da vida. Um belo dia, um trator novinho em folha sai da linha de montagem e vai passear na floresta onde mora o pântano. O trator assobia e canta feliz por estar vivo quando chega perto do pântano.
- Bom dia! - diz ao pântano. - Não é um dia maravilhoso?
- Aahh! - responde o pântano. - O que há de tão maravilhoso? Estou preso aqui na parte mais escura da floresta, onde o sol nunca aparece. Estou cansado de ser pântano.
- Gostaria de ajudá-lo - diz o inocente trator. - Posso fazer alguma coisa? - O pântano pensa por alguns momentos.
- Bom, se quer ajudar de verdade, acho que poderia jogar um pouco de terra em mim. Assim deixarei de ser um pântano.
- Que ótima idéia! - exclama o trator. - Fico feliz em ajudá-lo a deixar de ser um pântano!
E o entusiasmado trator começa a cavar e a jogar terra no pântano. Passam-se algumas horas e nada acontece. O pântano começa a reclamar.
- Acho que você está lento demais, por isso não vejo diferença.
- Está bem - responde o trator. - Vou cavar mais depressa.
O dia passa e o tratorzinho começa a ficar cansado. O pântano continua do mesmo jeito que estava de manhã. E fica bravo com o trator.
- Se você gostasse de mim de verdade, faria isso melhor. Acho que não se importa comigo.
Até então, o trator passara o dia inteiro ajudando o pântano e se sente na obrigação de continuar. Assim, esforça-se mais apesar de estar cansado e fraco. Cava durante a noite toda, enquanto o pântano dorme, e continua na manhã seguinte debaixo das reclamações do ingrato. O trator literalmente morre de tanto cavar e começa a afundar no pântano. Não existem provas de que ele realmente esteve lá. O pântano continua pântano e espera que outro trator venha salvá-lo de seu destino.

O que o trator poderia ter feito? Se tivesse autoestima, se soubesse como se cuidar, poderia ter perguntando ao pântano o que estaria disposto a fazer para mudar. Poderia ter passado pelo pântano e percebido que ajudá-lo seria uma armadilha perigosa. Se fosse um trator com interesse social, poderia ter oferecido ajuda temporária ao pântano. Assim, quando percebesse que sua ajuda seria inútil, poderia ter seguido ser caminho feliz da vida mesmo sabendo que o pântano continuaria a ser pântano. Em todos os casos, se o trator tivesse autoestima não daria sua vida pelo pântano.


Algumas pessoas são como o trator (doador), que foi atraído pelo pântano (receptor). Para mudar esse final trágico para um desfecho feliz, tanto o trator quanto o pântano precisariam cuidar de si mesmos. Os pântanos do mundo devem aprender a fazer as coisas por si próprios e os tratores a deixar que os pântanos façam isso. Os tratores devem permitir que os pântanos continuem pântanos. Por ser tão generoso, o doador reduz o receptor a uma posição inferior, ao papel da vítima que sempre se magoa. É possível perceber como o receptor é destrutivo, mas o doador também é assim. O objetivo do doador - sentir-se bem e receber o crédito pelo resultado - é um sacrifício muito maior do que o receptor deseja.

Lembre-se da teoria do pote de biscoitos: faça biscoitos primeiro para você de depois para os outros. Ofereça ajuda quando tiver muito para dar e não se sentirá vazio por causa dessa atitude. Sacrifique-se pelo outro, mas não permita que ele perceba isso nem que esse sacrifício onere demais VOCÊ. Quando sentir que o sacrifício está além de suas possibilidades, pare e cuide de si mesmo."
(Trecho retirado do livro "O Terapeuta de Bolso", de Susanna McMahon.)